Preocupação com a saúde, com o meio ambiente e com os maus-tratos aos animais são algumas das razões que têm levado um grupo cada vez maior de pessoas a reduzirem ou mesmo abandonarem o consumo de produtos de origem animal. A onda vegan e a adoção da alimentação vegetariana são tendências inegáveis.
Porém, à medida em que esses temas se tornam mais comuns e chamam a atenção da população, surgem também dúvidas a respeito desses movimentos. Afinal, qual é a diferença entre a alimentação vegetariana e a alimentação vegana? Quais são os pontos em comum entre esses dois modelos alimentares?
Se você também tem essas dúvidas, continue a leitura. Vamos explicar cada um desses conceitos, mostrar o objetivo dos grupos que aderem a essas práticas e qual é a melhor opção para quem deseja adotar uma alimentação saudável. Confira!
Alimentação vegetariana: o que é?
Em sua essência, a alimentação vegetariana é aquela que se baseia no consumo exclusivo de plantas e produtos de origem vegetal. Portanto, ela exclui completamente os ovos, leite, carne e seus derivados.
Alguns chamam as pessoas que não consomem esses derivados animais de vegetarianos estritos. No entanto, algumas correntes preferem chamá-los de vegetarianos plenos, já que todo seu cardápio é plant based, ou seja, baseado no consumo de plantas.
Porém, nós sabemos que na maioria das culturas o consumo de alimentos de origem animal é arraigado. Desde pequenas, as pessoas consomem leite, ovos e carne e, quando chegam à idade adulta, podem enfrentar alguma dificuldade para retirar esses produtos de seu cardápio.
Por isso, mesmo quando conscientes de que o consumo de alimentos de origem animal está relacionado ao desenvolvimento de uma série de problemas de saúde, elas continuam utilizando alguns deles. Elas praticam uma forma de vegetarianismo mais “branda”, que pode ser subdividida em diferentes grupos:
Ovolactovegetarianismo
Os ovolactovegetarianos são pessoas que não consomem carne, mas utilizam ovos, leite e seus derivados. Eles formam o maior grupo entre os vegetarianos até mesmo porque, para muitos deles, essa redução inicial é uma espécie de porta de entrada para uma vida sem alimentos de origem animal.
Além disso, só existem duas formas de obter a vitamina B12, que é muito importante para o organismo: o consumo de alimentos de origem animal e a suplementação. Por essa razão, diversos vegetarianos continuam consumindo ovos e leite, pelo menos até adquirirem mais conhecimento sobre uma estratégia alimentar que tenha todos os nutrientes necessários.
Lactovegetarianismo
Os lactovegetarianos são outro grupo que, além de não ingerir carne, também exclui os ovos do cardápio. Porém, eles consomem leite e seus derivados como o iogurte, queijo, requeijão, kefir etc. A Índia é um país em que esse modelo alimentar é bastante comum.
Ovovegetarianismo
Ao contrário do grupo anterior, os ovovegetarianos não comem carne e nem leite, mas em compensação incluem os ovos em seu cardápio.
Pesco-vegetarianismo
O grupo dos pescovegetarianos, ou pescetariano, não utiliza carnes vermelhas ou mesmo de frango, porém consome peixes e outros frutos do mar. Para alguns, essa é uma opção permanente, enquanto outros aderem durante um período de transição até se adaptarem ao vegetarianismo.
Alimentação vegana: qual é a diferença?
Embora muitas pessoas pensem em veganismo como uma opção alimentar, na verdade essa filosofia vai além do que seus adeptos colocam no prato. Os veganos entendem que, para viver, o ser humano não precisa e nem deve explorar ou tratar os animais de forma cruel.
Por isso, a alimentação vegana exclui tudo que envolve os maus-tratos, o sacrifício ou a exploração de animais. Carne de qualquer tipo, ovos, leite e seus derivados não fazem parte do cardápio vegano, exatamente como acontece com os vegetarianos estritos (ou amplos, como já explicamos).
Porém, os veganos também não concordam, não apoiam e não consomem outros tipos de produtos que envolvem o sofrimento e a exploração animal. Eles não utilizam roupas e calçados de couro ou pele, lã e seda. Buscam cosméticos produzidos por quem não realiza testes em animais e até mesmo seu entretenimento é escolhido de acordo com essa filosofia. Portanto, eles não frequentam zoológicos, rodeios, circos ou shows com animais adestrados.
O vegano se baseia no conceito de sensciência para defender o fato de que os animais não devem ser explorados ou sacrificados. Isso significa que eles têm sensações e sentimentos de forma consciente, entendem o que acontece à sua volta. Assim, as atividades relacionadas ao consumo humano trazem sofrimento a esses seres.
Se você ainda ficou com alguma dúvida, basta consultar o quadro abaixo:
Quais as implicações do vegetarianismo e do veganismo para a saúde?
Atualmente, já existem muitas pesquisas que relacionam o consumo de alimentos de origem animal ao aumento da incidência de uma série de doenças, inclusive o câncer. Por isso, tanto a alimentação vegetariana quanto o veganismo trazem um impacto positivo à saúde.
Além disso, sabe-se que a alimentação baseada em plantas contribui para a preservação do meio ambiente. Para produzir carne, especialmente a bovina, é necessário dispor de grandes áreas de terra, o que frequentemente motiva o desmatamento e a realização de queimadas.
A pecuária também está relacionada ao consumo exorbitante de água para manutenção das criações e à emissão de um grande volume de gazes que intensificam o efeito estufa. Portanto, ela contribui para aumentar a temperatura do planeta, o que tem trazido resultados catastróficos.
Portanto, eliminar o consumo de carne ou outros derivados animais faz bem para o planeta. Porém, é importante destacar que tão importante quanto preservar o meio ambiente é adotar uma alimentação saudável e cuidar do nosso corpo. Mesmo utilizando apenas vegetais, é essencial prepará-los da forma mais natural possível, atendendo às necessidades do organismo.
Assim, para o bem da saúde, não adianta pegar um alimento vegetal como a cana e transformá-la em açúcar ou em álcool, que são extremamente prejudiciais. Mesmo uma simples batata, que é uma fonte de energia importante, pode se tornar prejudicial quando optamos por fritá-la, adicionando uma quantidade de gordura que faz mal ao organismo.
Por todas essas razões, comer deve ser um ato consciente. Quanto mais natural for a alimentação, maiores são as chances de fazermos bem à nossa casa, que é o planeta, mas principalmente ao nosso próprio corpo.
E você, já tentou ser vegetariano ou vegano, mas teve dificuldade para elaborar um cardápio nutritivo ou para abandonar os velhos hábitos alimentares? Conte sua experiência para nós nos comentários!
Excelente matéria! Queria montar uma filial desse spa na minha cidade. Com quem posso falar?
Olá, Paula! Tudo bem? Ficamos muito felizes pelo seu interesse na nossa instituição. Respondemos à sua pergunta pelo e-mail, ok? Abraços!