Como era esperado, o Coronavírus chegou ao Brasil. A transmissão local já se tornou uma realidade, ou seja, existem pessoas que não viajaram para fora do país e mesmo assim foram contaminadas.
Como adiantamos em outro artigo, a situação é séria, mas não desesperadora. Na maioria das vezes, crianças e adultos contaminados são assintomáticos ou apresentam uma forma branda da doença. Apenas 5% dos infectados necessitam de internação e cuidados intensivos. A letalidade na população em geral está em torno de 2%.
Considerando as condições do Brasil, outras doenças que já são comuns causam um número muito maior de mortes que o COVID-19. A dengue, por exemplo, teve um aumento de 72% entre 2019 e 2020, embora todos os holofotes estejam voltados para o coronavírus.
Porém, essas duas doenças têm um dado em comum: tanto o coronavírus quanto a dengue são mais perigosos para a população idosa. Metade dos óbitos causados pela dengue são de pessoas acima de 60 anos.
O COVID-19 não é diferente. Na China, um estudo analisou as condições de 191 pessoas com idade média de 69 anos infectadas pelo coronavírus, ou seja, o equivalente a 28% dos casos. O resultado desta análise é mostrado na ilustração abaixo:
Mas afinal, por que a população idosa está mais susceptível às complicações e óbitos diante dessas doenças? Veja a seguir alguns fatores que levam a essa condição e como proteger as pessoas acima dos 60 anos.
Como você viu no exemplo da dengue, não se trata apenas do coronavírus. De forma geral, a população idosa tem algumas características que favorecem o surgimento de complicações das doenças:
Nosso sistema imunológico é responsável pelas defesas do organismo. Em um primeiro momento, ele reconhece a presença de um agente invasor. Depois, cerca os vírus, bactérias e células infectadas, impedindo que continuem o processo de infecção. Finalmente, ele as destrói e elimina do organismo.
Nos idosos, esse processo é prejudicado por um fenômeno chamado de imunossenescência, que é uma deterioração do sistema imunológico causada pelo envelhecimento. Devido a isso, as células ficam confusas e não têm uma resposta apropriada à ameaça.
Em muitos casos, a reação do sistema imunológico é insuficiente para acabar com a doença. Outras vezes, a resposta é exagerada, prejudicando o organismo. Até mesmo outras células sadias podem ser atacadas nesse processo, gerando lesões. Por todas essas razões, a contaminação nessa faixa etária é muito mais perigosa.
Cerca de 70% dos idosos têm doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, entre outras. Quase a metade das pessoas acima dos 65 anos acumula pelo menos dois desses diagnósticos. Por isso, quanto o vírus contamina um indivíduo da terceira idade, o organismo precisa lidar não com uma doença, mas com todas elas.
O coronavírus (ou outras doenças infecciosas) causa uma inflamação no organismo. O resultado é uma grande descompensação das doenças anteriores, que prejudicam o bombeamento do sangue ou causam outros problemas nos rins, coração e pulmões, entre diversas complicações possíveis.
Essa situação — o acúmulo dos diagnósticos ou comorbidades — é mais comum do que as pessoas imaginam. Nos Estados Unidos, observou-se que 40% das pessoas hospitalizadas por infecção do coronavírus tinham alguma patologia cardiovascular ou cerebrovascular. Ou seja, quase a metade dos pacientes internados.
Na verdade, a preocupação com os idosos não deve se restringir ao coronavírus. Praticamente todas as infecções são mais perigosas para eles do que para o restante da população. Embora ainda não exista uma vacina para o COVID-19, eles podem ter complicações muito semelhantes caso tenham uma gripe comum.
Por isso, é extremamente importante tomar os seguintes cuidados com a saúde do idoso:
Embora o sistema imunológico dos idosos tenha a tendência a se deteriorar, é possível fortalecê-lo. Hábitos saudáveis como uma alimentação adequada, ingestão de água, respeito às horas de sono ou descanso e prática de exercícios físicos são fundamentais para não prejudicar as defesas do organismo.
Ainda precisamos destacar que hábitos como o tabagismo e o consumo de álcool são terríveis para o sistema imunológico. O açúcar também destrói as defesas do organismo. Por outro lado, o sol é um aliado que favorece a resposta imunológica, deixando o corpo mais preparado para combater ameaças.
Realmente, nesse momento, a melhor alternativa é evitar aglomerações. Lugares e eventos que reúnem um grande número de pessoas não são adequados, especialmente se não houver uma boa ventilação. Portanto, a menos que o comparecimento seja realmente necessário, é melhor permanecer no ambiente doméstico.
A higiene das mãos é uma das principais aliadas da prevenção ao COVID-19. Elas devem ser muito bem lavadas com frequência, especialmente depois de permanecer em ambientes onde circula um grande número de pessoas. Também é importante evitar tocar a boca, os olhos, o nariz e mucosas em geral.
Existem vacinas muito importantes para a população idosa, como a da gripe. Frequentemente, essas vacinas são atualizadas e incluem novos vírus, já que esses seres são mutantes as variações podem infectar pessoas sem que elas tenham uma defesa preparada para a nova ameaça.
Ao encontrar as pessoas, é importante não se aproximar tanto, mantendo uma certa distância. Talvez a recomendação mais difícil seja em relação às crianças. Já existem especialistas recomendando a redução desse contato e convivência.
O motivo é compreensível. A maioria das crianças contaminadas pelo COVID-19 têm uma infecção assintomática. Isso significa que, apesar de não apresentarem os sintomas, elas podem transmitir o vírus aos idosos (avós, bisavós). Para o organismo delas, é fácil se defender. Para eles, a contaminação pode ser fatal.
O coronavírus mostra mais uma vez, um fato já conhecido: precisamos manter nosso sistema imunológico em alerta. No momento de pandemia, surge a preocupação. Porém, quem tem hábitos saudáveis o tempo inteiro tem condições melhores para combater a infecção e, por não agravá-la com outras comorbidades, pode atravessar esse período com segurança.
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Agora é oficial: o coronavírus chegou ao Brasil. É natural que, nesse primeiro momento, a população se sinta um pouco mais alarmada e desprotegida. Porém, é importante considerarmos alguns fatos a respeito da nova doença e da única arma que possuímos para combatê-la: nosso sistema imunológico.
Portanto, se você também ficou assustado com essa notícia, continue a leitura! Vamos explicar como funciona o sistema de defesa do organismo e o que fazer para prepará-lo para essa batalha. Veja a seguir!
Nosso organismo pode ser afetados por diversos tipos de doenças. Muitas delas, inclusive as que mais matam em todo o mundo, são causadas por anos de hábitos contrários às necessidades do corpo. Portanto, o principal fator de perigo à saúde é um estilo de vida inadequado.
Porém, existe um outro conjunto de doenças que são causadas por fatores externos. Bactérias e vírus podem infectar o corpo, levando tanto à manifestação de sintomas brandos quanto agudos.
Esse é o caso da infecção por coronavírus, também chamada de COVID-19. Os vírus são microorganismos com características muito especiais. Eles não são formados por células, mas por uma cápsula proteica que envolve seu material genético (DNA ou RNA).
Assim, os vírus obrigatoriamente precisam de um hospedeiro para se multiplicarem. Esse hospedeiro é o organismo da pessoa infectada.
Embora alguns vírus causem doenças que necessitam de tratamento por toda a vida, essa é a situação menos comum. A maioria tem um ciclo bem definido em que infecta a pessoa, causa a doença, faz do hospedeiro um transmissor e depois, morre.
Os vírus mais comuns são os que afetam o sistema respiratório, causando gripes e resfriados. No entanto, também temos vírus que atingem diversas partes do organismo, como o vírus da zika, o vírus da dengue, o papilomavírus (HPV), herpes, o vírus da AIDS (HIV), entre muitos outros.
Portanto, o coronavírus ou COVID-19 é um dos tipos de vírus mais comuns, pois tem sintomas muito parecidos com os de uma gripe. Apesar dos diagnósticos feitos em várias partes do mundo, ele já está perdendo força em seu país de origem, a China.
O fato é que, para prevenir as doenças mais comuns em nosso dia a dia — diabetes, problemas cardíacos, dores crônicas, hipertensão arterial — basta deixar de agredir o organismo adotando hábitos saudáveis.
Quando se trata de uma infecção por vírus, a situação é um pouco diferente. A contaminação acontece devido ao contato que temos com as pessoas e, por isso, ela pode ser inevitável.
Ao falar, por exemplo, o indivíduo emite gotículas de saliva que podem conter partículas de vírus e atingir pessoas que estão a cerca de 90 cm de distância. A tosse pode projetar os vírus por uma distância que varia entre 2 e 3 metros. Já o espirro vai além: as gotículas são projetadas a até 9 metros.
Diante dessa situação, nosso corpo só tem uma arma para lutar contra as infecções virais — o nosso sistema imunológico.
O sistema imunológico é um sofisticado aparelho responsável pela defesa do nosso organismo. Ele é formado por células, tecidos e órgãos que trabalham para impedir o desenvolvimento de doenças e responde a uma programação estabelecida para cada tipo de ameaça, desde um corte no dedo, uma infecção por vírus ou o surgimento de um tumor.
Quando se depara com um vírus, o corpo desencadeia uma resposta imune. Células como os macrófagos e linfócitos detectam e cercam o invasor. A partir desse ponto, elas coordenam uma ação para expulsar ou neutralizar o inimigo, o que pode incluir a destruição de células infectadas, a produção de anticorpos e a eliminação de invasores.
A resposta é mais eficiente quando o corpo já possui anticorpos produzidos para um determinado invasor. Se o vírus é novo (como é o caso do COVID-19), o organismo leva um tempo para desenvolver os anticorpos e, nesse intervalo de tempo, o corpo sofre com os sintomas da doença.
Embora essa explicação tenha sido bastante breve, ela mostra que o corpo coloca um exército de células de defesa para combater vírus e outros invasores. Se isso acontece, por que podemos desenvolver essas infecções? Por que em algumas pessoas as doenças são brandas e, em outras, elas podem ser fatais?
A resposta está na presença de anticorpos e na força do sistema imunológico. Quando o corpo já tem os anticorpos certos para combater um determinado vírus, o trabalho é mais fácil. Por essa razão, recomenda-se que a população tome as vacinas já desenvolvidas.
Ao tomar uma vacina, a pessoa insere em seu organismo uma versão enfraquecida do vírus. Como resultado, ele desenvolve um anticorpo sem que o indivíduo tenha uma infecção grave, apesar de em alguns casos haver uma reação branda. Assim, se no futuro houver contato com o vírus em seu estado normal, as células de defesa estarão preparadas para neutralizá-lo.
No entanto, além das vacinas, é fundamental fortalecer o sistema de defesa do organismo. Como já falamos anteriormente, ele é composto por células, seja isoladamente ou reunidas em tecidos e órgãos. Quanto mais saudáveis elas estiverem, maior será sua capacidade para responder rápido e combater ameaças.
A verdade é que, embora a infecção por doenças virais e infectocontagiosas seja diferente, o caminho para preveni-las é o mesmo: um estilo de vida saudável. Veja como os 8 fatores de saúde contribuem para melhorar nossa imunidade:
As frutas, verduras e legumes são ricos em vitaminas e sais minerais que contribuem para fortalecer as células de defesa do organismo. Por isso, eles formam a base de uma alimentação saudável e não podem ser consumidos apenas esporadicamente. Eles devem estar presentes em nosso cardápio diário.
O ideal é consumi-los crus, logo ao início da refeição, mastigando-os com calma. Isso vai ajudar não só a fortalecer a imunidade, mas também a garantir a saciedade e evitar que você sinta a necessidade de consumir alimentos que prejudicam as células de defesa do organismo.
Por outro lado, é importante evitar doces, biscoitos, confeitos e quaisquer outros produtos alimentícios ricos em açúcar. Também é válido reduzir alimentos gordurosos por outros que contenham um baixo teor de gorduras saturadas.
As células de defesa possuem receptores para a vitamina D. Ao interagir com esse hormônio, o sistema imunológico é fortalecido e consegue melhorar sua resposta a agentes invasores, evitando a infecção do hospedeiro. Portanto, é importante tomar sol diariamente, sem usar protetor solar por um período que varia entre 5 e 20 minutos, para ter esses benefícios.
Quando não dormimos bem ou sofremos com a insônia, as células de defesa do organismo são afetadas. Mesmo a perda de algumas horas de sono faz com que o corpo libere uma grande quantidade de cortisol. Esse hormônio eleva o nível de estresse e reduz a ação dos anticorpos em até 70%. Portanto, o corpo fica mais vulnerável às doenças.
O exercício tem a capacidade de regular e aumentar a quantidade de um tipo de células de defesa do organismo, as chamadas natural killers. Esses linfócitos destroem tanto as células infectadas por vírus quanto aquelas anormais, relacionadas ao surgimento de tumores.
Portanto, o exercício melhora a resposta do sistema imunológico quando um invasor entra no organismo. Além disso, a atividade física reduz o estresse, que desencadeia a liberação de cortisol, reprimindo a ação das células de defesa.
Nosso corpo precisa da quantidade certa de água para funcionar bem. Isso é válido tanto para a célula, que precisa estar bem hidratada para não morrer, quanto para uma série de fluidos que circulam pelo organismo.
Além de manter as células de defesa bem hidratadas, fazendo com que o corpo não perca “soldados”, a água também contribui para melhorar a fluidez do sangue. Portanto, caso o organismo sofra uma ameaça, os macrófagos, linfócitos e outros elementos conseguirão chegar ao local mais rapidamente, aumentando as chances de uma neutralização eficaz.
Também não podemos nos esquecer de que muitos desses vírus e bactérias chegam ao organismo por meio das mucosas (boca, olhos, nariz etc). Quando essas áreas estão bem hidratadas, essas regiões têm um suprimento suficiente de imunoglobulina IgA, que é um anticorpo que combate infecções. A desidratação tem efeito contrário.
Não é apenas o cérebro que fica confuso quando o indivíduo usa bebidas alcoólicas. O álcool também afeta receptores das células de defesa, que passam a ter dificuldade para identificar os invasores e combatê-los.
Além disso, o fígado tem uma capacidade limitada para metabolizar o álcool. Tudo o que excede essa quantidade vai para a corrente sanguínea e começa a afetar diferentes órgãos. Para reverter esse dano, o organismo acelera seu ritmo de trabalho, e os mecanismos de defesa não conseguem suportar essa carga, causando a queda na imunidade.
O tabaco também reduz a capacidade de defesa do organismo. Ele diminui a capacidade imunológica dos macrófagos, que reconhecem e digerem os invasores com maior dificuldade devido ao uso do cigarro.
Com isso, percebemos que o princípio da temperança é sábio: consumir com moderação o que faz bem e eliminar da vida o que faz mal previne muitos problemas. Evitar o álcool, o cigarro, açúcar, alimentos gordurosos e outros elementos que enfraquecem o sistema imunológico devem ser evitados.
Diversos estudos mostram que a presença de poluição causa alterações no sistema imunológico. A redução na capacidade de defesa do sistema mucociliar, que usa cílios e muco como barreira para impedir a entrada de invasores, é ainda mais acentuada.
Sabemos que a religiosidade é uma questão bastante particular. Porém, não podemos negar os estudos científicos que mostram como a fé e a prática religiosa fazem bem, o que torna a confiança em Deus um dos princípios para a manutenção de uma boa saúde.
Entende-se que essa confiança em Deus e religiosidade vão muito além de professar uma denominação. Ela envolve práticas como oração, convivência com as pessoas, pertencimento a uma comunidade, comprometimento, valorização do perdão, serviço ao próximo, entre outros.
Muitos estudos comprovam que as pessoas que se envolvem com esse tipo de relacionamento com Deus e com o próximo estão menos sujeitas a problemas de saúde física e mental. Alegria, gratidão e fé são responsáveis por reduzir o estresse e os sentimentos de infelicidade que causam o enfraquecimento das defesas do organismo.
Entendeu como o estilo de vida é fundamental para fortalecer o sistema imunológico e preparar o corpo para combater invasores? Achou o artigo interessante? Então, compartilhe nas redes sociais e marque seus contatos. Eles também merecem a oportunidade de melhorar suas defesas e evitar doenças.
O ano de 2020 começou com uma ameaça à saúde pública. A infecção pelo coronavírus teve origem na China, mas já está se espalhando por diversos países. No final de janeiro, a Organização Mundial da Saúde anunciou que a epidemia atual é considerada uma emergência global.
Autalmente, a doença já está em todos os continentes. No início de fevereiro, eram quatro: Ásia, Oceania, América e Europa (1). A epidemia começou com pacientes que pegaram a infecção viajando à China e a outros países atingidos. Depois, a contaminação se tornou interna, ou seja, alguns pacientes pegaram a infecção mesmo sem terem viajado. Finalmente, a contaminação se tornou comunitária, que sequer é possível de rastreamento.
No Brasil, a aproximação do Carnaval gerava preocupação. Até então, não havia nenhum caso confirmado. Mas sabíamos que nesse período o país recebe muitos visitantes, o que pode realmente iniciou uma corrente de transmissão local.
Mas o que fazer diante dessa epidemia? Nós sempre damos ênfase a doenças que podemos evitar, pois são produzidas ao longo de anos ou mesmo décadas de hábitos que prejudicam nossa saúde. Porém, como se trata de uma emergência, é necessário falar de medidas para prevenção a essa infecção, já que o vírus pode atingir qualquer pessoa.
Por isso, selecionamos as principais dúvidas sobre o coronavírus neste artigo. Leia, saiba quais são os sintomas dessa doença e o que você pode fazer para evitar essa infecção.
O coronavírus é, na verdade, uma família de vírus. Eles causam infecções respiratórias e já são conhecidos há muito tempo, sendo que os primeiros foram identificados ainda na década de 1960.
No entanto, a atual epidemia é causada por um novo tipo de coronavírus, o SARS-CoV-2. Ele foi descoberto no final do ano passado, na China. O conhecimento sobre esse vírus ainda é limitado, mas grandes esforços têm sido feitos para a compreensão e contenção do problema.
A maioria dos coronavírus costumam afetar principalmente crianças pequenas. No entanto, aparentemente o novo coronavírus não tem essa mesma característica. Um número relativamente pequeno de pacientes abaixo de 12 anos foi diagnosticado com a doença.
Além disso, médicos e cientistas observaram que algumas crianças infectadas pelo coronavírus apresentaram até mesmo sinais da pneumonia viral nos pulmões. No entanto, elas não tiveram sintomas externos.
Devido a esses caos, eles acreditam que a infecção típica do coronavírus em crianças é um pouco diferente. Na maioria das vezes, elas teriam uma espécie de infecção branda (2).
Por isso, médicos e cientistas estão preocupados com outra faixa etária — a infecção é mais comum nas pessoas entre 49 e 56 anos, ou seja, entre a população de meia-idade.
Além disso, os médicos perceberam também que a infecção por coronavírus é mais comum em pessoas que têm outras doenças como câncer, problemas cardiovasculares, no sistema digestivo ou respiratório. A hipótese desses profissionais, embora ainda não confirmada, é que o sistema imunológico debilitado desses pacientes é incapaz de combater a infecção.
A infecção por coronavírus pode gerar desde quadros mais leves e parecidos com uma gripe, como os apresentados pelas crianças, até sintomas muito graves. Como se trata de um vírus novo, ainda não há informações definitivas, e o conhecimento da doença avança à medida que os casos surgem.
Até agora, os médicos que atendem esses pacientes lá na China são a principal fonte de informações. Em um estudo publicado no The Lancet e feito com as primeiras 99 pessoas atendidas, os profissionais observaram que todos os pacientes levados ao hospital tiveram pneumonia (3).
Isso significa que os pulmões tiveram um quadro de inflamação. Nesse órgão, existem pequenas bolsas de ar onde o oxigênio que respiramos é transferido para o sangue. Porém, devido à pneumonia, essas estruturas estavam se enchendo de água. O quadro pode evoluir para um desconforto respiratório agudo e levar ao colapso dos pulmões.
Além disso, uma parte dos doentes desenvolve a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) ou a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).
Embora a MERS seja mais comum em pessoas da meia-idade, ela tende a se agravar em idosos. Pessoas com diabetes, doenças renais e cardíacas crônicas também estão mais propensas a enfrentar complicações (4). Algumas de suas consequências podem ser lesão renal aguda, hemólise e coagulação intravascular disseminada.
A SARS é uma condição bastante grave. Embora a maioria das pessoas que enfrenta um resfriado ou coronavírus não chegue a desenvolvê-la, quando isso acontece o paciente pode ter insuficiência respiratória progressiva grave.
Existe uma hipótese de que a infecção aconteceu a partir dos animais vivos vendidos no mercado de peixes e frutos do mar. No entanto, como se trata de um vírus novo, essa possibilidade ainda não foi constatada cientificamente.
O motivo para essa suspeita é o fato de que, entre os primeiros 99 pacientes, quase a metade trabalhava no mercado e outros dois eram clientes. No entanto, até este momento nenhum exame comprovou essa hipótese.
O coronavírus é contraído por meio de contato pessoal próximo. Ele pode ser transmitido em um aperto de mão, beijos ou contato com a saliva, catarro e objetos infectados. Espirro e tosse também propagam o vírus.
É importante destacar que os sintomas da doença podem aparecer entre o primeiro e o décimo quarto dia após a infecção. Isso significa que, mesmo estando assintomática, uma pessoa pode transmitir o vírus a muitas outras durante uma semana, 10 dias ou mais.
Os sintomas de infecção pelo novo coronavírus são:
Como você pode ver, os sintomas são idênticos a uma gripe comum. Os três primeiros são mais importantes e aparecem na maioria dos casos, enquanto os outros não são tão frequentes. Portanto, é importante ficar atento diante desses sinais e buscar ajuda ao perceber um agravamento do quadro.
Existem exames específicos para diagnóstico do coronavírus. Eles são feitos com o material colhido pela aspiração das vias aéreas ou indução do escarro. O laboratório analisa o RNA do vírus para ver se realmente se trata do coronavírus ou do influenza, que causa a gripe comum.
As autoridades globais estão empenhadas em discutir soluções e implementar um plano para conter a infecção por coronavírus. Grandes laboratórios também estão tentando desenvolver rapidamente uma vacina, porém ainda não há uma solução imediata.
Aqui no Brasil também já existe um protocolo. Quando a pessoa chega ao hospital, ela pode ser considerada suspeita se apresenta os sintomas principais, esteve em locais considerados de risco ou teve contato com outros suspeitos ou pacientes diagnosticados. Casos graves serão tratados em Hospital de Referência e a pessoa permanecerá em isolamento.
Na verdade, trata-se de um vírus. Ele cumpre um ciclo de vida e esses sintomas passam, desde que a pessoa não sofra complicações. Não existe um remédio específico para matar o coronavírus.
O tratamento é muito idêntico a de uma gripe ou infecção mais severa, e está mais focado em amenizar os sintomas e ajudar o corpo a se restabelecer. Por isso, os médicos orientam os pacientes a cumprirem repouso, tomarem muita água, aumentar a umidade do ar etc.
Além disso, em alguns casos os médicos receitam antitérmicos e analgésicos. No entanto, eles atuam somente sobre os sintomas e aliviam as febres e dores, mas não têm nenhum efeito sobre a verdadeira causa da doença.
As chances de uma epidemia de coronavírus alcançar proporções significativas no Brasil são bem pequenas. No entanto, quando uma pessoa contrai a doença, tem complicações ou mesmo chega a óbito, seu sofrimento e o de sua família é muito grande, independentemente da relevância estatística desses casos.
Por isso, é importante conhecer algumas medidas preventivas e passar a adotar cuidados simples que podem evitar o contágio. Veja a seguir!
A partir do momento que o vírus infecta uma pessoa, ela se torna um agente transmissor. Como neste caso a infecção acontece pelo contato próximo, é importante retomar ou intensificar cuidados que aprendemos durante a epidemia da gripe H1N1, por exemplo.
Então, os médicos recomendam:
Como se trata de uma doença causada por vírus, não é possível garantir que uma pessoa não será contaminada. Porém, com esses cuidados, as chances de entrar para essas estatísticas pode ser bastante reduzida.
No entanto, além dos cuidados externos, precisamos fortalecer nosso organismo para enfrentar essa ameaça. Nossas células de defesa ainda não entraram em contato com esse vírus, que é novo. Porém, se elas estiverem fortalecidas, elas terão uma capacidade maior para reconhecer a ameaça e desenvolver uma maneira de combater o agente invasor.
Nossa alimentação tem uma influência muito grande no fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, a perda de horas de sono e a falta de vitamina D também podem reduzir a ação das nossas células de defesa. Pessoas que utilizam medicamentos imunossupressores devem redobrar o cuidado, pois estão mais sujeitas às infecções por vírus e bactérias.
Por isso, mais uma vez destacamos que um estilo de vida saudável é a melhor alternativa tanto para evitar doenças crônicas e não transmissíveis quanto para preparar o organismo para esse tipo de ameaça inesperada.
Nosso diretor médico, o Dr. Benício Pereira, destaca que:
A melhor prevenção para qualquer doença é manter o corpo bem alimentado, praticar exercícios físicos, tomar sol para elevar os níveis de vitamina D e manter hábitos saudáveis. Tudo isso promoverá a eficiência do sistema imunológico, aumentando sua capacidade de combater o vírus.
Agora você já sabe o que é coronavírus, quais são os sintomas e como prevenir o contágio e a infecção. Compartilhe ester artigo no seu WhatsApp e redes sociais para juntos ajudarmos a conter essa ameaça!
Fontes:
(1) Países com casos confirmados por coronavírus.
(2) Infecção do coronavírus em crianças e idade mais preocupante.
(3) Estudo feito com os primeiros 99 atendidos por coronavírus na China.