Para quem luta com a balança há anos, a cirurgia bariátrica parece uma opção muito atrativa. Afinal, quem não gostaria de comer menos sem sofrer, facilitando a conquista da perda de peso?
Mas será que existem apenas vantagens na cirurgia bariátrica? Neste artigo, vamos falar sobre alguns fatos que você talvez não conheça sobre este procedimento. Então, continue a leitura!
Antes de começarmos…
É importante que você saiba que, aqui na Clínica & SPA Vida Natural, nós entendemos que a obesidade é uma doença crônica que desencadeia ainda outras patologias como diabetes, hipertensão arterial, entre muitas outras.
Portanto, a obesidade precisa ser combatida. A busca pelo peso ideal não é apenas uma questão estética, mas um objetivo que visa proporcionar uma vida saudável ao paciente.
Nesta busca por um peso saudável, muitas vezes o médico entende que o indivíduo precisa realizar a cirurgia bariátrica, pois o risco que ele corre ao não fazê-la é maior do que o risco cirúrgico e das consequências do procedimento.
Assim, entendemos que apenas o médico pode orientar o paciente a realizar ou não a cirurgia e que, nesses casos, a indicação visa eliminar um risco maior.
No entanto, é fundamental que você entenda que todo procedimento tem seus prós e contras e, por isso, caso você esteja em condição de decidir realizá-la ou não, é importante considerar todos esses fatores.
Vamos às considerações!
O que realmente acontece com as pessoas após a cirurgia bariátrica?
Depois de uma cirurgia bariátrica, muitas pessoas alcançam o objetivo que desejavam, ou seja, o emagrecimento. Porém, ele é acompanhado de outras situações. Veja quais são elas.
A cirurgia bariátrica não elimina sua vontade de comer
Este é o primeiro ponto que precisa ficar muito claro. Uma cirurgia bariátrica reduz a capacidade do seu estômago de comportar alimentos, mas não a sua vontade de comer.
Assim, quando você estiver almoçando ou jantando com sua família, participando de uma festa, seu cérebro continuará pedindo pelo próximo brigadeiro, pela próxima coxinha e pela próxima bebida.
A diferença é que, após a cirurgia bariátrica, seu estômago não terá espaço para uma ingestão exagerada desses alimentos. Você passará vontade, mas com o estômago cheio.
Outro ponto a considerar é que, embora o estômago esteja cheio, isso não significa que o indivíduo se sente saciado.
Pesquisas indicam que o estômago de uma pessoa que realizou a cirurgia bariátrica reduz a produção do hormônio GLP-1, que comunica ao cérebro a sensação de saciedade.
Portanto, o cérebro demora para receber este sinal e a pessoa continua comendo acima da capacidade do estômago operado, o que leva ao aumento gradual de peso.
Você poderá ter um quadro de deficiência nutricional
Embora a restrição alimentar pós-bariátrica interfira neste aspectos, a própria capacidade do organismo para absorver os nutrientes também se torna limitada.
Entre os problemas relatados estão o surgimento de anemia, perda de massa óssea, desnutrição proteica, neuropatias periféricas, danos visuais, encefalopatia de Wernicke e mal formação fetal.
Vale a pena destacar que a diminuição no tempo de trânsito gastrointestinal e a redução das áreas de absorção dos nutrientes fazem com que o corpo não consiga aproveitar todos os micronutrientes que o indivíduo ingere.
Portanto, geralmente as pessoas que realizam a cirurgia bariátrica precisam utilizar suplementos para complementar sua alimentação.
Alguns dos sinais mais comuns são a queda de cabelo, pele e cabelo secos, tonturas, dores de cabeça, entre outros.
Você precisará de uma reeducação alimentar
Quando seu estômago tem o tamanho normal, é possível que você coma tanto os alimentos que realmente contribuem para sua nutrição quanto outros produtos não saudáveis.
Por isso, mesmo que sua alimentação não seja a mais adequada, é provável que você tenha ali uma quantidade mínima de nutrientes essenciais.
Vamos imaginar, por exemplo, que você iniciou a sua refeição comendo arroz, feijão, um ovo frito ou um bife, alface e tomate. Este é o prato típico de muitos brasileiros.
Além disso, depois da refeição, você ainda comeu a sobremesa, pegou aquela caixa de chocolates que estava na gaveta e também beliscou alguns biscoitos na parte da tarde.
Isso significa que, bem ou mal, você garantiu alguns nutrientes essenciais. Consumiu muitos carboidratos (em excesso, inclusive), proteína e ficou devendo mesmo foi nas vitaminas e sais minerais, devido à baixa quantidade de vegetais.
Depois de uma cirurgia bariátrica, a pessoa pode nem ingerir os elementos essenciais. Isso acontece principalmente se ela não passou por um processo de reeducação alimentar adequado.
Assim, ela logo percebe que seu estômago não comporta o arroz, feijão e o pudim e, por não ter passado por uma reeducação alimentar, escolhe comer apenas o pudim.
Além de comprometer a manutenção do peso a longo prazo, esta pessoa não está proporcionando todos os elementos que seu corpo precisa e sofrerá com a carência de nutrientes em breve.
Você precisará de psicoterapia
A frase parecerá redundante, mas a verdade é que comer demais não é simplesmente comer demais. Os mecanismos que servem como base para esse comportamento são cerebrais e ligados aos centros de recompensa.
Portanto, a pessoa que come muito encontra uma fonte grande de satisfação na comida. Ela vê no alimento, especialmente nos produtos menos saudáveis, um gatilho para ativar esses centros de prazer no cérebro.
Caso ela pare de acionar esses gatilhos por meio da comida, o cérebro pedirá para que ela substitua aquela antiga fonte de prazer por uma nova.
É por isso que muitas pessoas substituem o comer excessivo anterior à bariátrica por outros vícios, como o alcoolismo.
Então, não adianta ver a cirurgia como uma solução mágica para a obesidade. É preciso reeducar a mente e o comportamento para não transformá-la em um gatilho para outros hábitos prejudiciais à saúde física ou mental.
Neste processo, a psicoterapia é fundamental.
Você poderá engordar novamente
Pelo menos 15% das pessoas que realizam uma cirurgia bariátrica voltam a engordar e se tornam obesas novamente.
Isso acontece quando não há uma reeducação de hábitos. Portanto, a pessoa passa a comer em intervalos menores e dá preferência a alimentos altamente calóricos, além de não praticar exercícios.
Como já falamos, o estômago reduzido também diminui sua capacidade de produção do hormônio que sinaliza a saciedade, o que leva a um comer transtornado.
Também não podemos nos esquecer de que, quando não tem o acompanhamento médico, nutricional e psicológico adequado, o paciente pode desenvolver bulimia.
Isso significa que ele tem vontade de comer, mas tem consciência de que a comida não cabe em seu estômago. Então, ele provoca o vômito para comer novamente.
Finalmente, embora a cirurgia bariátrica reduza o estômago, este órgão tem a capacidade de dilatar. Então, se a pessoa frequentemente ultrapassa o limite, ele volta ao tamanho anterior ou muito próximo disso.
Isso significa que não devo fazer bariátrica?
Como já dissemos, a bariátrica é indicada quando o risco de manter a pessoa obesa é maior que os riscos que ela teria com o procedimento cirúrgico.
Portanto, esta decisão precisa ser tomada em conjunto com o médico.
Porém, se você está percebendo que está muito acima do peso e ainda tem escolha, é possível solucionar o problema da obesidade sem recorrer a cirurgia.
Se concordamos que você vai precisar de reeducação alimentar, mudança de hábitos e psicoterapia, isso pode ser feito muitas vezes sem que o paciente precise de uma intervenção cirúrgica.
Então, nosso convite é para que você teste uma solução não cirúrgica. A seguir, você encontrará uma imagem sobre o nosso Programa Medida Certa. Clique nela e conheça o nosso protocolo de tratamento multidisciplinar da obesidade.
E se você já fez a cirurgia bariátrica, também indicamos o programa. Afinal, sem uma reeducação do estilo de vida, existe o risco de o peso retornar, e você com certeza não quer este resultado.
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