Um dia, dois dias, três dias… O tempo vai passando e a última visita ao banheiro fica cada vez mais distante. Quem tem o intestino preso sabe muito bem o sofrimento que essa condição causa. Por isso, neste artigo nós queremos ajudar você a solucionar esse problema.
Ninguém nasce com o intestino preso, e sabe-se que o problema também não é herdado geneticamente. Porém, existe outra herança que interfere, sim, no funcionamento desse órgão, que é formada pelos hábitos que aprendemos com a nossa família.
Então, neste artigo você vai descobrir quais são os hábitos e alimentos que prendem o intestino. Continue a leitura para saber mais!
Sintomas do intestino preso
Embora haja diferenças individuais quanto ao funcionamento do intestino, é importante ficar atento a alguns sinais. Quem sofre com a prisão de ventre tem um baixo volume de fecal, fezes duras ou ressecadas, dificuldade para a passagem das fezes, evacuações raras ou incompletas.
Hábitos que causam a prisão de ventre
1. Não tomar água
Em primeiro lugar, todas as reações do organismo acontecem em um ambiente aquoso. Por isso, sem água, muitas delas são prejudicadas. No caso do intestino, o problema se torna ainda maior.
Enquanto o alimento é empurrado ao longo do intestino, as paredes desse órgão absorvem nutrientes e também água. Portanto, se não consumimos esse líquido em quantidade suficiente, o bolo que se forma fica cada vez mais seco, dificultando o funcionamento intestinal.
O ideal é manter uma garrafinha cheia de água sempre por perto. Chás não adoçados também são úteis, desde que tenhamos o cuidado de continuar mantendo um alto consumo de água e que não haja um exagero no consumo de chás diuréticos, que podem levar à desidratação.
2. Uso de determinados medicamentos
Alguns medicamentos prejudicam o funcionamento do intestino. Os antibióticos, por exemplo, também matam uma parte das bactérias da microbiota intestinal. Pode ser necessário recompô-la para que tudo volte ao normal.
Além dos antibióticos, o intestino pode ser afetados por analgésicos, antiácidos que contêm alumínio e cálcio em sua composição, antidepressivos, diuréticos, anticonvulsivantes. Mesmo remédios para pressão alta estão entre os que causam alteração.
Portanto, é importante conversar com seu médico e, se for possível, buscar outras alternativas para tratar essas doenças sem precisar recorrer a medicamentos.
3. Dietas pobres em carboidratos
Tornou-se moda aderir à dieta low carb. Embora a redução de carboidratos garanta resultados relativamente rápidos (mas também pouco duradouros) no emagrecimento, não podemos ignorar que existem prejuízos à saúde.
Um desses problemas é justamente o funcionamento intestinal. Boa parte das pessoas, durante uma dieta low carb, retira do cardápio alimentos ricos em fibras, como frutas e cereais.
Como resultado, o intestino perde a ajuda das fibras para empurrar o bolo fecal. Ele também se torna menos volumoso, o que dificulta a expulsão das fezes. As visitas ao banheiro ficam menos frequentes e a pessoa pode sofrer com gases e distensão abdominal.
Alimentos que prejudicam o funcionamento do intestino
Além desses hábitos, alguns alimentos específicos desaceleram o trânsito intestinal e causam prisão de ventre. Veja os exemplos mais comuns:
Cereais refinados e seus derivados
Quando consumidos em sua versão integral, os cereais são riquíssimos em fibras, que dão volume e ajudam o bolo fecal a se deslocar pelo intestino. Porém, quando são refinados, esses mesmos alimentos perdem essa propriedade e têm efeito contrário, contribuindo para a prisão de ventre.
Pão branco, macarrão branco e arroz branco são alguns dos exemplos de alimentos que devem ser evitados por quem tem intestino preso. Então, por mais delicioso que seja o cheiro daquele pãozinho francês saindo do forno, ele não é a melhor opção de consumo.
Em vez desses alimentos, prefira as versões integrais dos carboidratos. Elas possuem vitaminas e, no que se refere ao bom funcionamento do intestino, as fibras são indispensáveis.
Carne (especialmente a vermelha)
A carne é rica em proteínas, mas não possui fibras alimentares. Essas duas características tornam sua passagem pelo intestino muito mais lenta, e prejudicam o trânsito intestinal.
Também existem estudos que mostram que o consumo de carne vermelha está bastante associado ao desenvolvimento da diverticulite. A carne ainda desequilibra a microbiota intestinal, reduzindo a população de bactérias boas, e favorece o surgimento de pólipos e câncer nesse órgão.
Por todas essas razões, a carne não é um alimento indicado para quem sofre com o intestino preso ou deseja evitar problemas ainda mais sérios no futuro. Mesmo para quem insiste em consumi-la, o ideal é não passar de 500 gramas por semana.
Fibras não combinadas com água
As fibras são excelentes para o intestino, e quanto a isso não há dúvidas. Porém, ingeri-las sem consumir a quantidade necessária de água pode ter efeito contrário.
Você já ouviu que algumas frutas, como maçãs e goiabas, prendem o intestino? Na verdade, quando a pessoa consome bastante água, elas não causam esse efeito.
Porém, elas são ricas em fibras solúveis, que absorvem muita água. Por isso, se a pessoa tem o costume de comê-las, mas não toma água em quantidade suficiente, elas ressecam o bolo fecal e dificultam o trânsito intestinal. A cenoura cozida possui o mesmo efeito.
Suco de caju
Você já reparou que, ao comer o caju ou beber o suco, ele produz uma sensação de que a boca fica mais áspera, com a mucosa ligeiramente contraída? Isso acontece porque ele contém uma substância adstringente, que é o tanino.
No intestino, o tanino contido no suco de caju tem o mesmo efeito. Ele absorve água, desacelerando o trânsito intestinal. Para quem precisa controlar uma diarreia ou regular o intestino solto, esse efeito é ótimo. Mas para quem sofre com o intestino preso, é melhor evitá-lo.
Além dos hábitos e questões alimentares, é importante consultar o médico para identificar a presença de doenças que podem prejudicar o intestino, como o diabetes. Essa doença, quando descontrolada, lesa o nervo vago. Por esse motivo, músculos do estômago e intestino não funcionam adequadamente, fazendo com que a eliminação das fezes se torne mais lenta.
E você, sofre com o intestino preso? Identificou algum hábito que precisa mudar? Conte pra gente nos comentários!