A pandemia trouxe uma série de desafios com os quais ainda não tínhamos lidado antes do ano de 2020. Distanciamento social, uso de máscaras, apelo para uma higienização criteriosa, especialmente das mãos… Nossa rotina foi completamente transformada. Entre as medidas para controlar a disseminação do coronavírus estão os testes de COVID.

Devido à falta de conhecimento sobre o assunto, muitas pessoas ainda não entendem o propósito de cada um desses testes. E você, sabe qual é a diferença entre eles? Então, continue a leitura e descubra quando realizá-los!

Testes de COVID: conheça as diferenças

Existem dois tipos de testes de COVID no mercado: os exames do tipo PCR e os sorológicos. Embora sejam oferecidos com diversos nomes e em locais diferentes, sendo encontrados até mesmo em farmácias, eles se propõem a finalidades bem específicas. Veja quais são elas!

Testes do grupo PCR

O primeiro grupo de testes é aquele feito para detectar o vírus vivo em pessoas que estão possivelmente infectadas. Eles são indicados principalmente quando o indivíduo começa a apresentar sintomas da doença, como dores na garganta, falta de ar, febre, entre outros.

Porém, os testes do grupo PCR também são aplicados em outras situações. Quando uma pessoa, mesmo sem nenhum sintoma, teve contato com alguém infectado, o teste é importante para detectar se esse indivíduo contraiu a doença. Nesse caso, será necessário praticar o isolamento e realizar acompanhamento médico.

Os testes do tipo PCR atualmente são solicitados em diversas empresas que fazem o teste periódico em seus funcionários. Estão cada vez mais comuns também em instituições que recebem hóspedes, já que um indivíduo com pouco ou nenhum sintoma pode transmitir a doença a outras pessoas.

Os testes do tipo PCR disponíveis no mercado são:

RT-PCR

Entre os testes de COVID, o RT-PCR é considerado padrão ouro. O profissional de saúde coleta secreção (muco) do fundo do nariz do paciente por meio de um cotonete específico para exames, chamado swab nasal. Apesar do incômodo do procedimento, ele não provoca dor.

No laboratório, essa secreção é analisada por meio de um teste molecular. Se for encontrado material genético (RNA) ativo do vírus Sars-CoV-2, isso significa que a pessoa está infectada. O grau de confiabilidade do teste é acima de 90% e o resultado sai em cerca de 24 horas, embora alguns laboratórios estendam esse prazo devido à alta demanda.

PCR-Lamp

O PCR-Lamp pode ser comprado e feito pela própria pessoa, em casa. Porém, a análise da amostra é feita em um laboratório, e são poucas as cidades brasileiras em que existem instituições que fazem esse exame.

Para realizá-lo, a pessoa coleta a própria saliva em um tubo estéril. Portanto, uma das vantagens é o fato de que ele não é nem indolor e nem invasivo.

Quando a pessoa mora em uma das cidades onde o teste é oferecido, a coleta e análise são muito práticas. Ele está disponível em algumas drogarias ou pode ser comprado pela internet. Nesse caso, depois de fazer a coleta, a pessoa agenda a retirada por um biocondutor, que leva o tubo para o laboratório.

Até o momento, o PCR-Lamp é considerado um teste bastante eficaz e seu resultado demora, em média, 24 horas. Porém, como já dissemos, ele está disponível em poucas cidades do Brasil.

POCT-PCR

Diferentemente dos outros testes que mencionamos, o POCT-PCR não está disponível para venda. Ele é realizado apenas em hospitais, especialmente em pacientes internados. Ele é bastante confiável e o resultado é obtido em minutos, e por isso é utilizado para diagnosticar pessoas com sintomas graves, que precisam de uma intervenção urgente.

O método de coleta do POCT-PCR é igual ao do RT-PCR: coleta de secreção nasal por meio do swab (cotonete). Porém, o reagente utilizado durante a análise é diferente, garantindo um resultado preciso e rápido.

RT-qPCR

Na Clínica & SPA Vida Natural, nós também adotamos um teste de COVID em nosso protocolo de prevenção à doença. Nós utilizamo o RT-qPCR, e o laboratório que realiza os exames coletados aqui é o Santa Clara Laboratório Médico.

Trata-se de um teste molecular, que identifica o vírus vivo por meio de detecção de material genético (RNA) na amostra coletada. O resultado é obtido a partir de uma metodologia desenvolvida in house, em parceria com a LGC Biotecnologia. Os insumos e reagentes são provenientes dos Estados Unidos.

É válido lembrar que a LGC Biotecnologia é certificada pela Anvisa. O Santa Clara Laboratório Médico, por sua vez, possui todos os controles externos em biologia molecular pela Controllab e SBPC.

Portanto, em todos os aspectos, esse teste molecular é bem diferente dos testes rápidos comprados na China ou mesmo outras marcas disponíveis que não apresentam os resultados precisos e indispensáveis à segurança nesse momento.

Segue uma ilustração que resume a função dos testes de COVID do tipo PCR:

Exame sorológico

O exame sorológico é completamente diferente dos testes anteriores. Trata-se de uma análise do sangue, que mostra se o organismo produziu anticorpos da classe das imunoglobulinas. Se o resultado é positivo, isso significa que a pessoa já teve contato com o vírus e tem mecanismos de defesa para combatê-lo.

Se o exame traz um resultado positivo para anticorpos da classe IgM, isso significa que a pessoa foi infectada pelo coronavírus, mas a pessoa continua doente, mesmo sem sintomas. Esses anticorpos são desenvolvidos a partir da segunda semana de infecção, o que significa que é provável que o indivíduo ainda transmita a doença.

Já os anticorpos da classe IgG aparecem, na maioria das vezes, após 14 dias da infecção. Portanto, eles indicam que a pessoa foi infectada pelo coronavírus e, devido ao tempo, já não está transmitindo a doença. Esse tipo de anticorpo perdura por mais tempo.

O exame sorológico é indicado para quem acredita que já pegou a doença, mas não foi ao médico durante o período em que os sintomas se manifestaram. Ele também é útil para saber se, algum tempo após a infecção, o indivíduo ainda tem anticorpos, o que nem sempre acontece.

É muito importante destacar que o exame sorológico só indica se pessoa teve contato com o virus há pelo menos uma semana. Em caso de resultado positivo, isso significa que o organismo desenvolveu ou está desenvolvendo mecanismos de defesa, mesmo que temporários.

O IgG ou IgM negativos não indicam que a pessoa não está contaminada naquele momento. Pode ser que ela simplesmente não tenha tido nenhum contato com o vírus ou que não desenvolveu os anticorpos. Portanto, nesse caso, ela está tão vulnerável à doença quanto qualquer outro indivíduo.

Para obter mais informações sobre os testes de COVID e protocolos de prevenção, continue acompanhando os nossos conteúdos.

Fontes:

RT-PCR ou sorológico? Entenda as diferenças entre os testes para a COVID-19
Informações obtidas com a equipe médica da Clínica & SPA Vida Natural e do Santa Clara Laboratório Médico.