Nos acostumamos a ver mulheres com coxas muito grossas, quadris excessivamente largos e “celulite”. O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que essas características podem revelar não um simples problema estético. Elas podem ser as manifestações de uma doença chamada lipedema. Saiba mais!
É possível que você nunca tenha imaginado, mas nem sempre o que chamamos de celulite é apenas um problema estético.
Talvez, inclusive, já tenha consultado vários médicos na busca de uma solução para a pele ondulada e irregular, que apresenta o aspecto de casca de laranja e provoca a sensação de dor.
Por isso, neste artigo, você vai entender que existe uma grande diferença entre celulite e lipedema, além de entender o que é necessário para combater esta doença.
O que é o lipedema?
O lipedema é uma condição médica crônica que atinge entre 10 e 15% de todas as mulheres. Ele se caracteriza pelo acúmulo desproporcional de tecido adiposo (gordura), principalmente nas pernas.
Este acúmulo de gordura, que pressiona a pele para a área externa do corpo, cria uma tensão nos ligamentos, que tentam puxá-la para baixo. Portanto, em um processo semelhante ao da celulite, o lipedema deixa a pele irregular, com textura parecida com a de uma casca de laranja.
Justamente por esta característica, o lipedema é bastante subdiagnosticado. Afinal, muitas mulheres — e até mesmo profissionais de saúde — o confundem com celulite ou acreditam que se trata de um quadro de obesidade.
Porém, o lipedema é uma condição diferente. A própria gordura que se acumula é distinta, pois apresenta uma consistência bem firme, tendendo a formar nódulos sob a pele. Além disso, ela possui um componente inflamatório mais significativo que o de outros tecidos adiposos.
Apesar de geralmente levar ao acúmulo desta gordura nas coxas, quadril e mesmo abaixo dos joelhos, o lipedema também pode ocorrer nos braços. Embora menos frequente, esta condição é possível.
É importante, ainda, não confundir o lipedema com o linfedema. No primeiro, ocorre um acúmulo anormal de um tecido adiposo diferenciado, ou seja, de uma gordura densa. Já no linfedema, o corpo não elimina líquidos com eficiência, causando inchaço nas pernas.
Como saber se tenho lipedema ou celulite?
Como tanto a celulite quanto o lipedema afetam a aparência da pele na região do quadril e pernas, a confusão entre as duas condições é bastante frequente.
Porém, esses dois problemas têm características e causas muito distintas. Veja as principais diferenças:
Causas, sintomas e características do lipedema
Embora a causa exata do lipedema ainda seja desconhecida, atualmente os especialistas associam seu surgimento a uma combinação de fatores hormonais, genéticos e ambientais. Portanto, ele é um problema multifatorial.
Entre esses fatores, sabe-se que o estrogênio — o principal hormônio sexual feminino — tem grande importância em desencadear todo esse processo.
Justamente pela participação do estrogênio, é muito comum que o linfedema surja ou piore significativamente nos momentos da vida em que a mulher passa por grandes mudanças hormonais, como na puberdade, gravidez ou menopausa.
O lipedema se caracteriza não apenas pelo acúmulo desproporcional de gordura em determinadas regiões do corpo. Ele também causa dor, sensibilidade ao toque e pode levar a problemas de mobilidade.
A dor e a sensibilidade são relatadas por tantos pacientes que o linfedema também recebe, popularmente, o nome de gordura dolorosa.
O lipedema faz com que os vasos capilares desta região, ou seja, aqueles vasos bem finos e essenciais para a circulação, se tornem mais frágeis. Consequentemente, a mulher passa a apresentar hematomas com uma frequência maior.
À medida que esta condição avança, os nódulos sob a pele se tornam cada vez mais palpáveis e visíveis. Podem ocorrer bolsões de gordura abaixo dos joelhos, chegando até mesmo aos tornozelos.
Outra diferença importante é o fato de que, no lipedema, ocorre uma distribuição anormal de gordura abaixo da pele. Na celulite, a gordura se acumula em uma camada mais superficial.
Causas, sintomas e características da celulite
A celulite não é uma condição médica ou doença. Trata-se de uma condição estética que causa incômodo com a aparência.
Ela também ocorre quando a gordura depositada sob a pele, mas em camadas superficiais, empurra-a para o exterior, causando uma pressão sobre o tecido conjuntivo. Por isso, a celulite também deixa a pele com a aparência ondulada ou de casca de laranja.
A celulite é bem mais comum em mulheres que o lipedema, afetando 95% das pessoas do sexo feminino. Porém, ela também ocorre em homens.
Nas mulheres, a incidência da celulite é maior porque o tecido conjuntivo delas tem uma configuração diferente. Além disso, elas tendem a acumular gordura em regiões do corpo diferentes das dos homens.
A celulite se manifesta como a aparência irregular da pele. Pode se estender não só no quadril e coxas, mas também no abdômen, costas e braços.
Diferentemente do lipedema, a celulite não causa dor e não afeta a saúde geral. A principal razão que motiva seu tratamento é o incômodo estético.
Como tratar o lipedema?
O lipedema é considerado uma condição crônica. Por isso, os tratamentos convencionais são muito mais focados na gestão dos sintomas, ou seja, na redução do inchaço e da dor, do que em uma tentativa de cura.
Para isso, os médicos costumam prescrever o uso de meias compressoras, drenagem linfática manual e o uso de suplementos anti-inflamatórios e antioxidantes como a cúrcuma, glutamina, ômega 3, entre outros.
Em casos extremos, o médico pode indicar a realização de uma lipoaspiração. Porém, esta indicação não se refere a uma cirurgia estética, pois o foco do procedimento é remover o tecido adiposo anormal.
Por último, mas não menos importante, não poderíamos deixar de mencionar a importância de uma mudança no estilo de vida. Alimentação saudável e exercícios físicos estão entre as principais recomendações médicas para o controle do lipedema.
Uma dieta anti-inflamatória, com mais alimentos naturais do que industrializados, redução no consumo de produtos de origem animal e abstinência de substâncias tóxicas, como o cigarro e o álcool, são ideais para regular o nosso metabolismo e prevenir ou mesmo provocar a regressão do lipedema.
Agora que você já sabe quais são as diferenças entre o lipedema e a celulite, acha que pode ter esse diagnóstico? Quer descobrir como ter um estilo de vida mais saudável, anti-inflamatório, que previne doenças crônicas como essa?
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