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Depressão, ansiedade, síndrome do pânico, bipolaridade — já há alguns anos, os transtornos relacionados à saúde mental tem sido alvo de campanhas de conscientização. O objetivo dessas ações é claro: garantir que as pessoas identifiquem essas doenças rapidamente, procurem o tratamento adequado e recuperem sua qualidade de vida e produtividade.

Porém, apesar do esforço para a conscientização, a saúde mental ainda é um grande tabu. Além do sofrimento que a própria doença impõe aos pacientes, eles nem sempre são compreendidos pela família ou no ambiente de trabalho. O resultado é um desgaste nos relacionamentos pessoais e profissionais, que pode levar à sensação de que a vida de torna um fardo insuportável.

Por esses motivos, esse é um tema que precisa ser debatido abertamente. É fundamental falar sobre os transtornos que afetam a saúde mental, seus sintomas e principalmente as possibilidades de tratamento. Com informação, o paciente consegue identificar seu problema, buscar acompanhamento e levar uma vida normal. O conhecimento também permite que as pessoas de seu convívio entendam o transtorno e possíveis atitudes do enfermo sem causar tantos desgastes.

Transtornos mentais — impacto na produtividade do paciente

Os transtornos mentais têm um efeito devastador na vida dos pacientes. Um relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revelou que eles são responsáveis por mais de um terço da incapacidade na região da América Latina e Caribe. Portanto, também no Brasil, mais de 30% das pessoas em idade economicamente ativa que se afastam do trabalho foram acometidas por essas doenças.

Entre esses transtornos, a depressão e a ansiedade estão entre as maiores causas de incapacidade. Em um estágio mais grave, elas impedem que o paciente realize suas atividades comuns do dia a dia, afetando sua produtividade e gerando um alto impacto nos relacionamentos e também na economia.

Apesar desses dados, segundo o relatório da OPAS, o governo de países pouco desenvolvidos destina em média apenas 2% do orçamento de saúde para o tratamento dos transtornos mentais. Ainda assim, a maior parte desse dinheiro (60%) é destinado à manutenção de hospitais psiquiátricos.

Isso significa que poucos esforços são feitos para cuidar dos pacientes em estágios iniciais da doença. Ou seja, são poucos os programas que preveem o cuidado dos doentes enquanto eles são capazes de manter uma vida relativamente normal, embora com dificuldade.

Como reverter essa situação? Mais uma vez, a solução é a informação. Com ela, tanto os pacientes quanto os familiares podem buscar o tratamento adequado rapidamente. Assim, será possível recuperar a qualidade de vida e restabelecer a produtividade do indivíduo, permitindo que ele tenha uma rotina normal.

Tratamento de transtornos mentais — mais que a força de vontade

Segundo a OPAS, existem diversos tipos de transtornos relacionados à saúde mental. Eles são caracterizados por uma “combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamentos anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas”.

Entre os transtornos mentais mais conhecidos, podemos mencionar:

  • depressão;
  • ansiedade;
  • transtorno afetivo bipolar;
  • deficiência intelectual;
  • esquizofrenia e outras psicoses;
  • demência;
  • transtornos de desenvolvimento, incluindo o autismo.

Porém, antes de falarmos das características de cada um desses problemas, é importante destacar que se tratam de doenças. Quem sofre de depressão, ansiedade, transtorno afetivo bipolar — entre outros diagnósticos possíveis — precisa de tratamento.

É importante chamar a atenção para esse fato porque a atitude da comunidade em relação a esses pacientes pode agravar o problema. Essas pessoas frequentemente são aconselhadas a “fazer um esforço” para melhorar, como se a superação de sua condição de saúde dependesse apenas de suas atitudes ou motivação.

O tratamento para os transtornos mentais pode ser muito bem sucedido, mas é complexo. Somente o médico, após avaliação clínica e exames, prescreve as ações adequadas para cada paciente. Muitas vezes, é necessário combinar  medicação e terapias que visam a mudança do padrão de pensamento e comportamento, bem como a adoção de novos hábitos.

Portanto, é fundamental que as pessoas que cercam o paciente estejam conscientes que a restauração da saúde mental envolve muito mais que força de vontade. É preciso seguir o tratamento prescrito pelo médico, realizar as mudanças indicadas e manter o acompanhamento depois da etapa inicial.

Saúde mental — transtornos mais comuns

Depois dessas considerações, vamos falar brevemente sobre dois dos principais transtornos que afetam a saúde mental. Escolhemos falar dessas duas doenças porque elas estão entre as mais incapacitantes no Brasil.

Confira as características de cada uma e, caso observe esses sintomas no seu dia a dia, no comportamento de algum amigo ou entre as pessoas da família, busque ajuda médica para obter um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.

Depressão

Mais comum em mulheres do que em homens, essa doença afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. O Brasil é o campeão nos casos de depressão na América Latina com 11,5 milhões de doentes. Os principais sintomas são:

  • tristeza profunda e choro frequente;
  • perda de interesse em atividades que antes proporcionavam prazer;
  • desesperança;
  • baixa autoestima;
  • mudanças no padrão de sono e apetite;
  • cansaço extremo;
  • sintomas físicos sem causas identificadas (dores, tonturas, fraqueza etc);
  • grande dificuldade de concentração.

A manutenção do quadro depressivo pode levar o paciente a um estado crônico de incapacidade. Ele tem dificuldade para realizar suas atividades diárias e profissionais, o que causa uma série de desgastes pessoais, familiares e no ambiente de trabalho. Nos casos graves, o indivíduo manifesta um desejo de encerrar a própria vida por meio do suicídio.

Portanto, tratar a depressão ainda em seu estágio inicial é muito importante.


Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

De forma equivocada, as pessoas pensam que a ansiedade é um sentimento que descreve a expectativa de um individuo diante de um acontecimento. Portanto, se planejamos fazer uma viagem de férias com a família, ficamos ansiosos diante das perspectivas positivas para aquele fato. O contrário também pode acontecer quando esperamos algo que desperta temor.

Porém, quando falamos do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), não estamos falando desse sentimento. Trata-se de uma condição patológica, ou seja, uma doença. Ela é caracterizada por um sentimento de medo ou apreensão, um estado de tensão e desconforto diante de situações desconhecidas, estranhas ou antecipação de perigo, seja ele real ou imaginário.

A ansiedade ou medo patológicos são diferentes do sentimento de ansiedade normal. Ela é exagerada e completamente desproporcional em relação ao evento que causa essa tensão. Assim, interfere na qualidade de vida do indivíduo e até mesmo em seu desempenho diário. Atualmente, o problema afeta mais de 18 milhões de brasileiros.

Finalmente, é importante entendermos que os transtornos relacionados à saúde mental precisam de tratamento especializado. A busca precoce por ajuda pode evitar que o quadro se torne crônico e cause uma série de prejuízos à vida dos pacientes e de sua família. A informação sobre esses problemas é fundamental para identificar e tratar esses pacientes, garantindo a eles uma rotina normal.

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