Existem diferentes tipos de dor. Embora ninguém goste de sentir dor e essa sensação pareça ser uma vilã da saúde, trata-se de um alerta importantíssimo do organismo, que nos indica que algo está errado.
Apesar da dor mostrar que o corpo precisa de cuidados, na maioria das vezes a pessoa não precisa viver com as consequências e desconfortos que ela causa. Buscar ajuda não é apenas recomendado, é essencial!
Porém, mesmo antes de buscar ajuda, vale a pena entender quais são os tipos de dor que enfrentamos. Isso ajudará você até mesmo a entender melhor as medidas que seu médico propõe para solucionar o problema. Então, vamos lá?
Quais são os tipos de dor?
Com certeza, você já reparou que existem dores terríveis que vêm e vão embora rapidamente, com ou sem tratamento. Por outro lado, existem dores “suportáveis” que se estendem por um longo tempo. Entenda o que está por trás de cada uma delas.
Dor aguda
A dor aguda não costuma durar muito e geralmente indica a ocorrência de algum ferimento ou machucado específico no corpo. Apesar da dor aguda incomodar, ela desaparece assim que se encontra a sua causa e se obtém a cura ou após um período relativamente curto de recuperação.
Entre as principais causas de dores agudas estão ossos quebrados, cortes, queimaduras, tratamentos odontológicos e cirurgias. Quando a dor aguda desaparece, a pessoa pode voltar a sua rotina e seguir com seus compromissos normalmente.
Esse é o principal aspecto que diferencia a dor aguda dos outros tipos de dores, que podem retornar com frequência e trazer outros danos para o organismo.
Dor crônica
A dor crônica é uma dor contínua, podendo persistir por semanas, meses ou até anos. Ela interfere no cotidiano, atrapalha compromissos e pode ser o indicativo de algo mais sério.
Esse tipo de dor geralmente surge após uma lesão ou infecção, podendo aumentar de intensidade por conta de fatores externos e psicológicos. Ela também pode permanecer ativa mesmo após a causa ter sido resolvida.
Geralmente, a dor crônica pode estar ligada a condições como: dor de cabeça, infecções, artrite, danos nos nervos, fibromialgia, cirurgia anterior e câncer.
Uma das principais diferenças entre dor crônica e dor aguda é que, nos casos crônicos, os efeitos sobre o corpo podem ser muito estressantes, chegando a tensionar músculos, limitar movimentos, reduzir a energia ou promover alterações no apetite.
Por conta das limitações que esse tipo de dor traz, ela pode gerar também danos emocionais, como ansiedade e depressão. As questões emocionais podem estar ligadas ao medo de novas lesões.
A dor crônica nem sempre tem cura, mas existem tratamentos que ajudam a amenizar e controlar seus efeitos.
Dor disruptiva
A dor disruptiva geralmente tem a mesma causa que a dor crônica, mas se apresenta de maneira mais intensa. Seu nome está relacionado ao fato de que ela rompe o alívio que um analgésico normalmente traz à pessoa com dor.
Pode se apresentar várias vezes durante o dia, às vezes relacionada a uma determinada atividade, como andar ou se vestir.
Dor nociceptiva
A maioria das dores é do tipo nociceptivo. Elas são o resultado da estimulação dos receptores da dor no caso de lesões no tecido (nociceptores) que estão localizados na pele ou nos órgãos internos.
Os tipos de lesão que estimulam esses receptores são feridas, contusões, fratura óssea, esmagamento ou queimadura. No geral, esse tipo de dor é intensa, aguda ou latejante. Existem casos também em que ela se apresenta de maneira leve.
A dor que resulta de uma intervenção cirúrgica também é do tipo nociceptivo. Ela se apresenta de maneira constante ou intermitente e piora quando existem movimentos, mesmo que simples, como tosse, risadas ou respirações profundas.
Dor neuropática
A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e/ou periférico são feridos ou danificados.
Esse tipo de dor pode ser incapacitante e está presente em 10% da população. Sua intensidade causa diferentes sensações de dor, como queimação, agulhadas, formigamento ou adormecimento e choques.
Dor somática
Este é um tipo de dor nociceptiva. Ela ocorre quando os receptores da dor somática estão localizados na pele, tela subcutânea, fáscia, em outros tecidos conectivos, periósteo, endósteo e cápsulas articulares.
Esse tipo de dor se apresenta de maneira aguda ou leve, mas não é raro existirem sensações de queimação quando tecidos cutâneos ou subcutâneos estão envolvidos.
Dor psicossomática
A dor psicossomática se apresenta de maneira física, porém sua origem está ligada a questões psicológicas e emocionais. Suas manifestações podem ser puramente funcionais, sem lesão orgânica subjacente.
Em um sentido mais amplo, são uma das formas como o corpo expressa as emoções e também distúrbios de humor.
Dor idiopática
Uma dor é chamada de idiopática quando não se pode indicar sua causa. Nesses casos, o médico não encontra provas de que ela foi causada por uma doença ou causa psicológica. Ou seja, sua origem é completamente desconhecida.
Como tratar a dor?
Existem diversas formas de abordar o tratamento da dor. Entenda quais são os principais.
Em um primeiro momento, pode ser necessário tomar medicamentos para anestesiar o corpo e suportar essa sensação. Porém, isso é recomendado em momentos muito específicos e por um período de curta duração.
Quando a pessoa toma remédios para dor a todo momento ou por um período prolongado, o corpo cria uma tolerância aos medicamentos. Portanto, eles deixam de fazer efeito e o paciente precisa de uma quantidade cada vez maior de remédio.
Porém, além da questão da tolerância, o analgésico não soluciona a causa da dor. Ele apenas anestesia o corpo para que o cérebro deixe de processar aquele sinal e a pessoa fique temporariamente livre daquela sensação. No entanto, a causa continua ali.
Se você quer viver livre da dor, primeiro precisa entender sua causa e solucioná-la. Muitas vezes, isso exige mudança de hábitos relacionados à alimentação, à prática de exercícios, ao sono, entre outros fatores.
Um exemplo é a dor nas costas. Em muitos casos, a pessoa precisa fortalecer a musculatura do tronco, incluindo a do abdômen. Assim, ela terá uma sustentação melhor da coluna. Em outros, é fundamental aumentar a ingestão de água para evitar a desidratação das cartilagens entre as vértebras.
Existe ainda a possibilidade de essa pessoa sentir dores devido a uma postura inadequada. Assim, ela se beneficiará com uma reeducação postural, uso de mobília ergonômica e tratamento fisioterápico.
Poderíamos dar muitos exemplos. Não é incomum a pessoa sentir dores de cabeça depois de uma refeição muito pesada ou porque tem intolerância a algum alimento específico. Nesses casos, ela só consegue solucionar o problema evitando esse produto.
Além dessas dores que podem ser evitadas com medidas preventivas, também existem pacientes que precisam de acompanhamento especializado. Assim, depois da identificação das causas, a pessoa pode precisar de fisioterapia, cirurgia, psicoterapia (no caso de dores psicossomáticas), entre outras possibilidades.
Infelizmente, nem todos os tipos de dor têm cura. Algumas delas persistem por muito tempo, prejudicando o bem-estar e trazendo muito desconforto.
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