Você já se sentiu enferrujado? Para muitas pessoas, a passagem do tempo traz, gradativamente, uma série de dificuldades relacionadas à execução de movimentos simples do dia a dia como levantar-se, andar, manter o equilíbrio ao tentar alcançar um objeto, abaixar-se…
Porém, essas dificuldades não são inerentes ao envelhecimento. Elas podem ser evitadas com uma série de atitudes e atividades com o objetivo preservar a mobilidade. Uma delas é a prática de alongamento.
Mas você sabe qual é a importância do alongamento? Quer entender como ele pode ajudá-lo a preservar a mobilidade até mesmo na terceira idade? Então, não perca este artigo!
Em primeiro lugar, o que é mobilidade?
A mobilidade é a capacidade de utilizar nossas articulações em toda a sua amplitude de movimento, sem dores, restrições ou desconforto, atendendo às nossas necessidades.
Todos nós precisamos de uma boa mobilidade. Para os atletas, por exemplo, esta capacidade permite movimentos amplos, melhora a coordenação motora e facilita a estabilidade das articulações.
Assim, eles conseguem realizar movimentos mais precisos, evitam lesões e têm uma melhora de sua performance.
Mas para nós, no dia a dia, a mobilidade é igualmente importante. Ela permite que façamos os movimentos de rotina sem dificuldade, sem dependermos de fatores externos, além de evitar acidentes e lesões.
À medida que o tempo passa, a mobilidade se torna um desafio cada vez maior. Infelizmente, é bastante comum vermos idosos que já não conseguem levantar-se sem apoio, estender o braço para alcançar um objeto ou mesmo andar sem bengala.
Porém, embora esta seja uma situação comum, definitivamente não é normal. Podemos evitá-la preservando nossa mobilidade.
Nós temos dois tipos de mobilidade. A primeira é a mobilidade passiva, ou seja, nossa capacidade de mover uma articulação a partir do uso de uma força externa.
isso acontece, por exemplo, em uma sessão de fisioterapia ou quiropraxia, em que o profissional aplica a própria força ou manobras para realizar uma torção de coluna, do quadril, dos joelhos, do pescoço.
Geralmente, nós temos uma mobilidade passiva maior. Ou seja, movimentamos mais essas articulações quando somos manipulados por outra pessoa ou força.
Temos ainda a mobilidade ativa, que é a capacidade de nós mesmos explorarmos a amplitude desta articulação. É esta que usamos na prática de exercícios de alongamento.
Qual é a importância do alongamento?
Para entendermos a importância do alongamento, precisamos compreender como nosso corpo funciona e se movimenta. O sistema músculo-esquelético é como um “brinquedo” de encaixes, que inclui músculos, ossos, tendões e ligamentos.
Essas peças se encaixam de forma a possibilitar ou não movimentos. Então, existem junções entre ossos que não permitem movimentação nenhuma. Este é o caso, por exemplo, dos ossos da parte superior do crânio. Não existem articulações móveis entre eles.
Porém, muitas outras articulações permitem movimentos, alguns mais amplos e outros menos amplos. Os joelhos, por exemplo, são uma articulação semimóvel. Você consegue dobrar a parte inferior da perna para trás, mas não para a frente.
Outras articulações são ainda mais amplas, como as dos ombros, que permitem movimentos em um ângulo bem aberto, tanto para frente e para trás quanto para cima e para baixo.
O papel do alongamento é manter ou ampliar esta mobilidade das articulações, porém, dentro de limites naturais da nossa anatomia.
Portanto, esses exercícios são planejados para que a pessoa aplique uma força sobre os músculos, articulações, tendões e ligamentos, promovendo um afastamento da origem e da inserção dos músculos.
Quando realizado de forma adequada, o alongamento impede que a pessoa se torne cada vez mais travada, com seus movimentos limitados. Desta forma, ele contribui para a manutenção de uma boa mobilidade na vida adulta e na terceira idade.
O alongamento pode fazer mal?
Os exercícios de alongamento, quando praticados da forma correta, não fazem mal. Porém, quando o movimento é inadequado, seja por não respeitar a tolerância do corpo da pessoa ou pelo momento da realização, ele pode causar lesões, sim.
Por isso, para não errar no alongamento, separamos algumas dicas:
1. Procure um profissional habilitado
O profissional de Educação Física é a pessoa qualificada para orientar todo o seu programa de exercícios, incluindo o alongamento. Portanto, recorra a ele para obter um treino individualizado, que respeite suas características e necessidades.
2. Entenda que alongamento não é aquecimento
As pessoas associam, muitas vezes, o alongamento à prevenção de lesões. Ele realmente tem este papel, mas não da forma como elas esperam.
Muitos praticantes de exercícios, justamente por esta capacidade do alongamento, fazem os exercícios antes dos treinos. Porém, esta não é a indicação.
Os exercícios de aquecimento são diferentes. Eles envolvem movimentos mais suaves e com menos carga do que os realizados posteriormente no treino. Portanto, eles servem como preparação.
3. Não tente esticar seus músculos ao máximo
O objetivo do alongamento é promover a mobilidade das articulações, mas de forma controlada. A pessoa não deve esticar exageradamente sua musculatura, pois neste caso ela corre o risco de lesão.
Essa atitude é ainda mais perigosa após um treino comum de musculação. Como a musculatura fica cansada, ela se torna menos resistente e pode se romper se houver exagero no alongamento.
4. Nem tudo se resolve com alongamento
Problemas complexos exigem soluções igualmente complexas. Por isso, nem sempre as sessões de alongamento são suficientes para solucionar problemas de mobilidade.
Em diversos casos, o paciente precisa de um programa completo de fisioterapia para recuperar sua mobilidade. O alongamento fará parte da recuperação, mas é preciso buscar soluções completas.
5. Não trabalhe sua mobilidade passiva sem um profissional qualificado
Diante das dificuldades de mobilidade, algumas pessoas recorrem a profissionais não qualificados para realizarem torções na coluna, nos joelhos ou para “estralar” ou alinhar a coluna.
Realizar esses procedimentos com pessoas não qualificadas pode gerar lesões sérias e incapacitantes. Por isso, recorra sempre ao fisioterapeuta para a prescrição e execução adequada desses movimentos.
Agora você já sabe qual é a importância do alongamento para preservação da mobilidade, inclusive na terceira idade.
Você tem dificuldades para se movimentar? Sofre com dores constantes nas costas, nervo ciático e outros problemas osteomusculares?
Então, clique na imagem abaixo e descubra como nosso Programa Reabilitação pode ajudar você a viver livre das dores crônicas.