Seria muito fácil publicar um artigo explicando como evitar o infarto. Porém, para quem já sofreu com este incidente, o que fazer para reduzir o índice de mortalidade?
Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano, ocorrem entre 300 e 400 mil infartos no Brasil. A cada 5 ou 7 casos, ocorre um óbito.
No entanto, a mortalidade devido ao um infarto não é um risco apenas imediatamente após esta ocorrência. Nos 10 anos seguintes, quem já sofreu um infarto tem chances 30% maiores de uma nova parada cardíaca que a população em geral.
Olhando as estatísticas, a situação apenas se agrava. Entre 2008 e 2022, no Brasil, a quantidade de internações por infarto a cada ano mais do que dobrou. O aumento foi de 158%.
O mais triste é saber que este problema de saúde, que é um dos que mais mata no Brasil e no mundo, poderia ser evitado com mudança de hábitos.
Porém, se você chegou a este artigo depois de já ter sofrido um infarto, não adianta falarmos como evitá-lo. Vamos explicar o que fazer para não se tornar parte da estatística de uma nova incidência e óbito.
O que é um infarto?
Um infarto, conhecido também como ataque cardíaco, é uma condição médica extremamente grave que ocorre quando o fluxo sanguíneo que leva oxigênio ao coração é severamente reduzido ou completamente bloqueado.
Este bloqueio geralmente ocorre devido ao acúmulo de gordura, colesterol e outras substâncias, que formam placas nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias). Este processo de formação de placas se chama aterosclerose.
Em algumas situações, essas placas se rompem. A parte que se desprende forma um coágulo, que circula pela corrente sanguínea e obstruir o fluxo de sangue, causando um infarto.
Entre os sintomas do infarto, podemos destacar dor no peito, desconforto, falta de ar, dor nos braços, ombros, costas, mandíbula e pescoço. A pessoa pode sentir ainda náuseas, indigestão e até mesmo azia.
O infarto requer socorro imediato. Portanto, se você tiver esses sintomas, peça ajuda. Se alguém ao seu lado demonstrar dor no peito e falta de ar, chame imediatamente a ambulância.
O que acontece com o coração após o infarto?
O infarto do miocárdio pode causar uma série de danos ao coração, que variam conforme a gravidade do evento, a rapidez do socorro e início do tratamento.
Quando o fluxo de sangue para o coração é bloqueado, este órgão deixa de receber nutrientes e, principalmente, oxigênio. Isso causa danos ao tecido, muitos deles irreversíveis:
Morte de células
Assim que o fluxo de sangue é interrompido, as células do músculo cardíaco começam a sofrer. Se este fluxo não é restaurado rapidamente, muitas dessas células morrem.
A morte de células causa danos permanentes ao tecido muscular que forma o coração, o que prejudica seu funcionamento.
Redução da função cardíaca
Conforme o coração é danificado, ele perde — parcial ou totalmente — sua capacidade para bombear o sangue. Por outro lado, o corpo depende desse bombeamento para que suas células, mesmo as mais distantes, recebam sangue, nutrientes e oxigênio.
Assim, o bombeamento ineficiente pode causar sintomas de fadiga, falta de ar e inchaço nas pernas e pés. Embora esses sintomas sejam incômodos, o maior problema é o fato de sinalizarem um coração enfraquecido, incapaz de atender plenamente as necessidades do organismo.
Arritmias cardíacas
O dano ao músculo cardíaco pode alterar o sistema elétrico do coração. Desta forma, o organismo perde o controle do ritmo dos batimentos cardíacos.
Assim, a pessoa passa a ter arritmias, ou seja, uma anormalidade nos batimentos cardíacos. Em algumas situações, essa condição pode ser fatal.
Problemas nas válvulas cardíacas
Existe uma área do coração que sustenta as válvulas cardíacas. Portanto, se esta área for afetada durante o infarto, essas válvulas podem começar a falhar, se abrindo ou fechando no momento errado, prejudicando a circulação.
Cardiopatia isquêmica crônica
Após o infarto, o coração se torna mais suscetível a futuros problemas cardíacos. Como já mencionamos, até mesmo novos infartos podem ocorrer.
Ruptura do coração devido ao infarto
Em casos extremamente graves, o infarto pode enfraquecer tanto o músculo cardíaco a ponto de causar rupturas na parede do coração, músculos papilares ou no septo interventricular.
O que fazer depois de um infarto?
Como você pode perceber, o infarto danifica muito o coração. Por isso, a pessoa precisa tomar cuidado quando retorna da internação. Afinal, um novo evento pode ter efeitos ainda mais graves, visto que o funcionamento de seu coração já se encontra prejudicado.
Portanto, ao retornar à casa, o paciente que sofreu infarto não pode seguir a vida da mesma forma. É preciso monitorar as condições de saúde, além de mudar alguns hábitos. Veja a seguir:
Mude seus hábitos para não ter um novo infarto
Pessoas que já sofreram um infarto são pacientes de alto risco para novas ocorrências cardíacas. Além da possibilidade de reincidência, o coração já não possui a mesma resistência.
Portanto, é preciso eliminar os fatores que causam este impacto sobre o coração. Acabar com o sedentarismo é, provavelmente, a medida mais importante neste primeiro momento.
A adesão às atividades físicas deve acontecer com acompanhamento profissional. Em muitos casos, a prática de exercícios deve ocorrer gradualmente, começando com os mais leves e aumentando a intensidade aos poucos.
Talvez o ponto mais difícil seja a reeducação alimentar. É preciso haver um controle rigoroso da dieta, especialmente quando o excesso de peso foi um dos fatores que desencadearam o infarto.
Não poderíamos nos esquecer do cigarro e bebidas alcoólicas, bem como outras drogas. Homens fumantes têm três vezes mais chances de infartar quando os dados são comparados aos de homens não fumantes. Em mulheres, o efeito do cigarro é ainda pior.
Já a bebida alcoólica, especialmente em excesso, representa um aumento de 40% no risco de infarto.
Cuide de sua saúde mental
O manejo do estresse e o cuidado com a saúde mental também são importantíssimos para evitar um segundo infarto. Sono de boa qualidade, momentos de repouso contribuem para a saúde física e emocional.
Após o infarto, o paciente também não deve se descuidar da depressão e ansiedade. Pessoas com depressão apresentam seis vezes mais chance de morrer em seis meses após o infarto do que aqueles que não apresentam a doença.
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