A tireoide é um órgão muito importante do corpo humano. Essa glândula fica localizada no pescoço e é responsável por regular órgãos importantes do seu corpo como o coração, cérebro, rins e fígado.
Você pode nunca ter percebido o quão importante é a tireoide para a sua saúde, mas qualquer dificuldade em seu funcionamento trará duras consequências. Uma das doenças endócrinas mais comuns é o hipotireoidismo, ou a baixa atividade da tireoide.
Quando a glândula produz menos hormônio do que é necessário para o funcionamento ideal de todas as funções do corpo, alguns sintomas logo se manifestam.
Cansaço excessivo, aumento de peso, diminuição dos batimentos cardíacos, queda de cabelo e pele seca estão entre os principais.
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 300 milhões de pessoas apresentam problemas na tireoide em todo o mundo.
No Brasil o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que 15% de toda a população é afetada por disfunções nesta glândula.
Apesar de ser um problema comum, ainda é pouco conhecido por boa parte da população. Conhecer a doença e saber identificar seus sintomas é fundamental para evitar agravamentos e buscar o tratamento necessário.
O que é o hipotireoidismo?
Você já sabe que o hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide, a glândula responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
A doença se manifesta causando uma queda na produção destes hormônios. Apesar da disfunção ser mais comum em mulheres, ela pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade.
O desempenho da tireoide repercute em todo o organismo, interferindo até mesmo no humor, no ritmo do intestino e no ciclo menstrual das mulheres. A liberação das substâncias pela glândula é coordenada pela hipófise, uma glândula endócrina que fica localizada na parte inferior do cérebro.
O hormônio T3 atua fortemente no funcionamento dos nossos órgãos. Ele é produzido em menor quantidade, enquanto o T4 é fabricado em maior volume, porém é menos potente.
Durante o trajeto no corpo, o hormônio T4 é transformado em T3. Ele, sim, é o principal agente das operações que acontecem no seu organismo.
Agora que já definimos o que é o hipotireoidismo, que tal explorarmos alguns fatos sobre a doença?
1. O diagnóstico pode ser feito desde os primeiros dias de vida
O famoso teste do pezinho, que é feito na triagem neonatal, é uma ferramenta utilizada para o diagnóstico do hipotireoidismo em recém-nascidos.
Esse exame deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos possuem o hipotireoidismo congênito e, quando diagnosticado, deve-se iniciar o tratamento imediatamente.
2. O hipotireoidismo congênito traz duras consequências
O hipotireoidismo diagnosticado em recém-nascidos, quando não tratado, pode levar ao retardo mental. Com o rigoroso acompanhamento médico, as consequências podem ser evitadas, dando ao bebê uma vida normal.
3. Existe um tratamento eficaz
Com uso da medicação regular e acompanhamento médico, é possível controlar os sintomas da doença, mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais e uma vida feliz e saudável.
4. Quando não tratado, pode levar a outras doenças
Quando o hipotireoidismo não é corretamente tratado, pode trazer duras consequências para os adultos. A performance física e mental é alterada, assim como os níveis de colesterol que aumentam as chances de desenvolver problemas cardíacos.
5. Produz sintomas diversos
Alguns sintomas comuns que geralmente são associados a outras doenças também estão presentes no quadro da tireoide. Entre eles encontramos a depressão, as falhas na memória, dores musculares e ganho de peso.
6. Mulheres são mais suscetíveis à doença
Apesar da enfermidade acometer mulheres, homens e crianças, as mulheres precisam ficar mais atentas, principalmente no período da menopausa e no puerpério.
A explicação para o fato de que as mulheres são mais acometidas pela doença se deve ao fato de que o gênero é mais suscetível às enfermidades autoimunes.
Quais são as causas do hipotireoidismo?
O hipotireoidismo pode ser primário ou secundário, e existem as seguintes diferenças entre eles:
Hipotireoidismo primário
O seu formato primário é resultado de uma disfunção da própria tireoide. Outras doenças que atingem a tireoide são responsáveis pela diminuição da quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea.
Entre elas está a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune em que o próprio sistema de defesa cria anticorpos que atacam as células da tireoide. Outras causas do desenvolvimento de hipotireoidismo primário são:
Inflamação da tireoide
Também conhecida como tireoidite, a inflamação da tireoide pode causar o hipotireoidismo temporário. A tireoidite subaguda é, provavelmente, causada por uma infecção viral.
A inflamação autoimune que ocorre após o parto é outra causa desse grau da doença. Nesse caso, o hipotireoidismo é temporário, pois a tireoide não está destruída.
Tratamento do hipertireoidismo ou do câncer da tireoide
O iodo radioativo ou os medicamentos que são utilizados no tratamento do hipertireoidismo ou do câncer da tireoide interferem na capacidade do organismo de produzir hormônios tireoidianos.
A remoção cirúrgica da tireoide também é uma das causas da produção deficiente de hormônios tireoidianos.
Falta de iodo
Esta causa é muito comum em países em desenvolvimento onde a ausência crônica de iodo na alimentação é frequente. A deficiência de iodo é uma causa rara da doença em países onde o iodo é adicionado ao sal de mesa.
Aplicação de radiação à cabeça e pescoço
Esse procedimento geralmente acontece em tratamentos de câncer, com o uso da radioterapia que pode causar o hipotireoidismo por conta da radiação.
Distúrbios hereditários
Os distúrbios hereditários estão entre as raras causas do hipotireoidismo. Uma alteração das enzimas nas células da tireoide não permite que a glândula produza ou secrete uma quantidade suficiente de hormônios.
Hipotireoidismo secundário
Esse tipo de hipotireoidismo é muito mais raro que o primário. Ele acontece quando a hipófise falha em secretar hormônio estimulante da tireoide (TSH) em quantidade suficiente. Nesses casos, é necessário estimular a glândula.
Como é feito o diagnóstico e tratamento do hipotireoidismo?
O diagnóstico deve ser feito por um médico endocrinologista com análise de exames de sangue para verificar a quantidade de hormônios relacionados à tireoide, ultrassonografia da glândula e também avaliação dos sinais e sintomas.
O tratamento acontece com a reposição dos hormônios por meio de remédios e acompanhamento médico.
É possível prevenir disfunções na tireoide?
O acompanhamento médico periódico com os exames de rotina são importantes para prevenção da doença. Bons hábitos de saúde, com alimentação saudável e prática de exercícios ajudam a manter o equilíbrio de todo o corpo e um bom estilo de vida.
Uma alimentação rica em iodo, zinco e ômega 3 também é importante para equilibrar os hormônios e manter o corpo livre do hipotireoidismo. Já os alimentos ricos em vitamina A e vitamina E facilitam a absorção do iodo, favorecendo o bom funcionamento da tireoide.
O uso de alguns medicamentos precisa ser feito com muito cuidado, pois eles alteram a função da tireoide como efeito secundário. Entre eles, estão os sais de lítio, amiodarona, interferon e interleucina.
Portanto, o uso desses medicamentos jamais pode ser feito de forma indiscriminada. O acompanhamento atento do médico e o uso pelo mínimo de tempo necessário é fundamental para evitar seus efeitos secundários à tireoide.
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