O que realmente faz a maioria das pessoas desenvolverem doenças crônicas? Não é incomum os diagnósticos de diabetes, hipertensão e câncer serem justificados com a informação de que pais, avós ou outros parentes tiveram o mesmo problema. Porém, a Epigenética tem mostrado que essa herança, muitas vezes, é superestimada.
O que isso quer dizer? Que os nossos genes carregam tendências, mas não determinam nosso destino. Portanto, se você também quer viver livre de doenças apesar de ter um histórico clínico familiar pouco favorável, não perca este artigo. Você vai descobrir a solução!
Qual é o papel dos genes na nossa estrutura?
Muitas das nossas características são definidas pelos nossos genes. Esses microscópicos pedaços de informação que herdamos dos nossos pais e que ficam arquivados dentro das nossas células determinam não só os elementos que compõem a nossa aparência, como formato e cor do olho, da pele, dos cabelos, entre outras questões.
De forma bem resumida, os genes carregam o código genético responsável por formá-lo do jeito que você é, em todos os aspectos. A combinação deles nos torna únicos. Trata-se de uma assinatura tão singular que um exame de DNA é capaz de dizer se o fio de cabelo, uma gota de saliva ou vestígios de pele são de uma pessoa ou outra.
Mesmo as duplicatas naturalmente produzidas, que são os gêmeos monozigóticos (idênticos), têm algumas diferenças. Por isso, exames muito específicos conseguem identificá-los a partir do DNA.
Existem doenças genéticas?
Assim como os genes determinam nossas características, eles carregam informações que levam ao desenvolvimento de doenças e condições específicas. Alguns exemplos de patologias são a anemia falciforme, distrofia muscular de Duchenne, fenilcetonúria, entre outras.
Também existem as condições de origem genética. Elas não são doenças, mas trazem impactos ao indivíduo, principalmente em aspectos funcionais. Entre elas, podemos destacar o daltonismo, a Síndrome de Down, o albinismo, hipertricose, Síndrome de Turner e assim por diante.
No entanto, já há algum tempo, fala-se na relação entre a carga genética e outras doenças muito mais comuns, como o diabetes, os problemas cardiovasculares e principalmente o câncer.
Realmente, diversos estudos mostram que a existência de diagnósticos na família aumenta as chances de outra pessoa daquele núcleo desenvolver determinados problemas de saúde, quando comparados à população em geral. Trata-se de uma predisposição genética.
Porém, existe uma excelente notícia. A predisposição genética aponta para uma tendência, mas não sela o destino de uma pessoa. Por isso, a Epigenética mostra que é possível ter uma vida saudável, mesmo quando o histórico clínico da sua família é extremamente preocupante.
O que é a Epigenética?
A Epigenética é uma área da Biologia que tem sido bastante estudada pela Medicina, também. O objetivo é entender como a expressão dos genes pode ser afetada, bem como o que ativa ou desativa as funções deles. Os resultados mostram que os fatores ambientais têm um papel muito importante nessa modulação.
Já se sabe que o genoma, ou seja, essa sequência genética, sofre alterações em sua programação. Esse processo acontece porque o organismo produz uma resposta adaptativa ao ambiente em que ele está inserido. Portanto, os genes podem ser ligados ou desligados, de acordo com os estímulos que recebe.
Um dos pesquisadores reconhecidos por esse tipo de estudo é o professor de Farmacologia Terapêutica da Universidade McGill, Moshe Szyf. Um dos processos que ele estuda é a metilação do DNA.
Segundo o pesquisador, uma série de partículas de hidrogênio e carbono se agrupam na base de alguns genes, como se tivessem a intenção de isolar as pontas de um fio. Dessa forma, elas impedem que o gene se expresse.
Existem diversos fatores que interferem nessa ativação dos genes. Alguns deles estão relacionados a hábitos como alimentação, prática de exercícios físicos, consumo de substâncias que fazem mal à saúde, quantidade e qualidade de sono compatível com as nossas necessidades. No entanto, essa modulação também é influenciada por questões emocionais.
Mas então, quais são as chances de desenvolver doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, osteoartrite, osteoporose e câncer, mesmo quando existe uma predisposição genética. A resposta é: depende dos seus hábitos.
Quando uma pessoa, mesmo com uma predisposição genética desfavorável, mantém hábitos saudáveis, suas chances de desenvolver essas doenças se tornam muito menores.
O Dr. Benício Pereira, nosso diretor médico, chama a atenção para um aspecto extremamente importante:
As pessoas não herdam apenas os genes de suas famílias. Elas também herdam os hábitos. Por isso, elas tendem a carregar para a vida adulta comportamentos alimentares ou uma rotina sedentária, entre outros fatores que favorecem o surgimento de doenças.
É possível vencer a predisposição genética?
Felizmente, a resposta é sim. Em alguns casos, devido ao longo tempo de exposição a hábitos não saudáveis, o organismo leva um período maior para se recuperar. Porém, aqui na Clínica & SPA Vida Natural nós vemos pessoas que, em duas ou três semanas, começam a experimentar a reversão de seu quadro.
Além disso, nosso corpo quer se recuperar a partir das nossas ações e reage rápido a mudanças no estilo de vida. Mais uma vez, o Dr. Benício destaca um estudo científico sobre o exercício e a expressão genética.
Nesse estudo, voluntários sedentários (que não costumavam praticar exercícios) foram examinados. Para isso, os pesquisadores retiraram e analisaram células da coxa desses indivíduos. A seguir, eles tiveram que praticar atividade física.
Depois dessa atividade, os cientistas retiraram novas amostras de células das coxas. Em um único dia de exercícios, eles observaram que genes de doenças foram desativados, enquanto outros genes, relacionados ao bem-estar e saúde, foram ativados.
O objetivo desse estudo não é mostrar que ações pontuais farão milagres quanto à nossa saúde, mas demonstrar que, se essas pequenas ações forem colocadas em prática diariamente, elas garantirão ao corpo as condições necessárias para desativar genes ruins e contrariar uma predisposição genética desfavorável.
Todos esses estudos apontam para um fato inquestionável: o melhor remédio, tanto para prevenir quanto para curar doenças, é um estilo de vida saudável. Hábitos adequados desativam os genes que causam essas patologias e fortalecem o sistema imunológico, para que ele se torne capaz de defender plenamente o organismo de ameaças internas e externas.
É por isso que nos empenhamos tanto em ensinar as pessoas como utilizar os 8 fatores de saúde que a natureza disponibiliza para conquistar longevidade e bem-estar.
E você, já conhece esses 8 fatores de saúde? Continue aqui no site e confira o artigo completo sobre esse tema!
Muito bom