Qual é a melhor forma de resolver um problema? Na maioria das vezes, a solução mais eficaz é aquela que elimina a causa de um determinado transtorno. Com a nossa saúde, acontece o mesmo. É por isso que a Medicina do Estilo de Vida tem conquistado espaço como uma abordagem que propõe tratar a pessoa e adequar seus hábitos às necessidades do organismo, e não simplesmente aliviar os sintomas das doenças.
E você, já conhece essa abordagem? Quer entender o que os profissionais que seguem essa linha defendem e de que forma ela promete revolucionar os cuidados com a saúde nas próximas décadas? Então, continue a leitura! Vamos responder essas perguntas e mostrar por que essa tendência está chamando a atenção de quem valoriza o bem-estar e a qualidade de vida.
O que é Medicina do Estilo de Vida?
A Medicina do Estilo de Vida é uma abordagem que entende a saúde como uma conformidade aos princípios naturais que regem o funcionamento do organismo. Para os profissionais que defendem essa linha de atuação, a doença surge quando nossos hábitos contrariam as necessidades do corpo.
Portanto, para esses profissionais, o tratamento adequado não é aquele que administra os sintomas da doença. A melhor abordagem é, segundo eles, identificar as agressões às quais esse organismo tem sido submetido e adotar hábitos compatíveis com uma vida saudável.
Isso não significa que esses profissionais não reconheçam que, às vezes, a pessoa pode precisar de medicamentos convencionais ou de cirurgias para se restabelecer. No entanto, eles entendem que, na maioria dos casos, intervenções relacionadas à mudança no estilo de vida são suficientes para solucionar os problemas de saúde.
Eles também defendem o princípio de que, mesmo que a pessoa utilize medicamentos por um período definido ou realize um procedimento cirúrgico, a adoção de hábitos saudáveis é essencial. Isso evitará a recorrência da doença, o que acontece com bastante frequência.
Quais são os princípios de saúde defendidos por esses profissionais?
Os nomes dos princípios de saúde variam de acordo com a escola que eles seguem. No entanto, embora o rótulo seja diferente, eles acabam endossando os mesmos hábitos. Algumas correntes falam em fatores de saúde, enquanto outras se referem a essas práticas como remédios naturais.
De forma resumida, podemos dizer que as principais recomendações são:
- adotar uma dieta predominantemente baseada em vegetais que inclua grãos integrais e, sempre que possível, dispense a versão refinada e industrializada desses alimentos;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- ingerir água em quantidade suficiente para viabilizar o bom funcionamento do organismo;
- desenvolver hábitos de sono adequados para se beneficiar com o descanso restaurador;
- desenvolver estratégias para gerenciamento de estresse;
- evitar substâncias que fazem mal à saúde;
- manter conexões sociais positivas.
Ao observarmos essas recomendações, percebemos que o estilo de vida contemporâneo fez com que abandonássemos várias dessas práticas. Atualmente, especialmente no Ocidente, as pessoas consomem muitos alimentos refinados, industrializados, repletos de açúcar, gordura e excesso de sal.
Segundo estudos recentes, metade da população brasileira é sedentária e 36% dos brasileiros se queixam de insônia recorrente. Apesar da redução recente de ingestão de refrigerantes, ainda estamos entre os 10 maiores consumidores globais desse produto, considerado um grande vilão da saúde.
Esses são apenas alguns exemplos que mostram quanto o estilo de vida atual se afasta desses princípios naturais para manutenção da saúde. Poderíamos ainda mencionar outros hábitos, como o consumo de bebidas alcoólicas, de cigarros e rotina estressante. Os resultados dessas práticas aparecem nas estatísticas de doença e mortalidade, como veremos a seguir.
Como o estilo de vida impacta na saúde da população?
Todos esses hábitos pouco saudáveis têm um enorme impacto na saúde da população. Como já mostramos em outro artigo, as principais causas de mortalidade na cidade de São Paulo no ano de 1901 eram bastante diferentes daquelas apuradas em 2000 pelos órgãos que regulam este setor.
Em 1901, as principais causas de mortalidade eram doenças infectocontagiosas. No topo da lista, estavam as diarreias e enterites, responsáveis por 20% dos óbitos. Bronquites, pneumonias, meningites também eram relatadas entre as patologias que mais matavam.
Atualmente, a situação é bem diferente. As patologias que mais matam no Brasil (e em várias partes do mundo). são perfeitamente evitáveis. Doenças cerebrovasculares, infarto, diabetes, hipertensão, enfisema, asma, insuficiência cardíaca e câncer se tornaram uma grave ameaça e sua incidência tem crescido a cada ano.
Esses dados indicam uma verdade dura, mas inevitável: estamos provocando a própria morte por meio do nosso estilo de vida. Porém, da mesma forma que a mudança de hábitos pode ser desafiadora, a constatação de que a conquista da saúde depende das nossas decisões é uma ótima notícia.
Mudanças simples em nossa rotina seriam suficientes para evitar a maioria das doenças modernas. O sedentarismo, por exemplo, foi responsável por mais de 12% das mortes por câncer de mama ocorridas no Brasil entre 1990 e 2015. A prática de exercícios físicos também é essencial para prevenir e restaurar a saúde mental de pessoas em depressão, entre outras doenças.
Qual é a importância da Medicina do Estilo de Vida?
Diante desse cenário, a Medicina do Estilo de Vida conquista um papel fundamental. Ela se torna uma alternativa para quem quer não só controlar os sintomas de uma doença, mas realmente eliminar as causas para restaurar a saúde e conquistar um patamar superior de qualidade de vida.
A Medicina do Estilo de Vida também tem sido vista como a solução para um sistema de saúde sustentável. O crescimento das doenças crônicas tem exigido cada vez mais recursos dos governos e, se o aumento da incidência dessas patologias se acentuar, haverá um colapso financeiro nesse setor.
Por isso, muitos governos estão percebendo que é possível reduzir os gastos com saúde pública em pelo menos 80% com a mudança de estilo de vida da população. Essa não é uma tarefa fácil, pois muitos maus hábitos estão arraigados e fazem parte até mesmo da cultura local. No entanto, essa transformação reduziria consideravelmente a incidência de hipertensão, doenças do coração, derrames, diabetes tipo 2, obesidade, osteoporose e vários tipos de câncer.
Porém, além do fator financeiro, precisamos pensar essencialmente no ser humano. Com hábitos adequados, as pessoas conseguem ter melhor qualidade de vida. A longevidade que foi conquistada nas últimas décadas pode ser desfrutada com saúde, disposição e autonomia — fatores importantes para a felicidade e bem-estar.
Desde o título deste artigo, afirmamos que o nome Medicina do Estilo de Vida é novo, mas a proposta não. Esses princípios de vida saudável são conhecidos há mais de um século, ensinados e praticados pelos membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Inclusive, eles são reconhecidos pelos resultados da adesão a esses hábitos, que levou à formação de uma das comunidades mais longevas do mundo — a de Loma Linda, na Califórnia.
Inspirados por esses princípios e pela experiência bem-sucedida de Loma Linda, os fundadores da Clínica & SPA Vida Natural utilizam esse conhecimento para tratar nossos hóspedes desde 1980. Milhares de pessoas já passaram pela nossa instituição e tiveram suas vidas transformadas pela adoção de um estilo de vida saudável, o que faz de nós um centro de referência em Medicina do Estilo de Vida.
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Gostaria muito de seguir esse estilo de vida!!! Mas o de encontrar esses profissionais?
Olá, Inez! Tudo bem?
Venha passar uma ou duas semanas com a gente! Aqui você tem os profissionais necessários para orientar você – médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos. Nossa programação também tem oficinas, workshops e aulas de culinária saudável… Com o que você aprenderá aqui, você conseguirá adotar um estilo de vida saudável e obter todos esses benefícios!
Boa noite , Como achar uma faculdade de Medicina do Estilo de vida . ? Existe ou são as Pics com embazamento diferentes
Sandra, ainda é bem complicado achar uma faculdade de Medicina do Estilo de Vida. Na Argentina, a Universidad Adventista Del Plata tem um curso que ensina muitos desses princípios.
A boa notícia é que, no Brasil, embora não haja uma faculdade que siga esses princípios, já estão surgindo grupos acadêmicos que estudam o assunto. Alguns perfis desses grupos são @mev.ufpr, @lumesunila, @lasfevunifacs e @lamevuniceub. São alunos que pesquisam e debatem o tema, geralmente com a supervisão de professores ou outros profissionais da área.
Existem cursos de especialização em Medicina do Estilo de Vida. Um deles é o do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Aos poucos, felizmente, as pessoas vão se conscientizando de que medicina é promover saúde, e não simplesmente administrar doenças.