Imunodepressão — esta palavra, não tão conhecida, dá nome à condição clínica em que o sistema de defesa do organismo tem suas funções reduzidas. Geralmente, reconhecemos que isso acontece quando o indivíduo sofre com infecções frequentes, revelando sua baixa imunidade.
O bom funcionamento do sistema imunológico é fundamental para nosso bem-estar. Geralmente, nos lembramos dele apenas quando surgem as grandes epidemias, que são ameaças externas. Porém, no dia a dia ele é ainda mais importante, pois nos protege de ameaças internas.
Um bom exemplo são as células conhecidas como “natural killers”, ou NK. Elas fazem parte do sistema de defesa e reconhecem patógenos intracelulares e também de células tumorais. As NK liberam substâncias que induzem a apoptose da célula defeituosa, ou seja, ela se autodestrói.
Um sistema imunológico desordenado também traz outro problema. Ele pode gerar doenças autoimunes, que acontecem quando o organismo entra em um estado de reação extrema. Isso significa que ele desenvolve uma falha na identificação de ameaças externas e passa a atacar os próprios órgãos, como se eles fossem inimigos a serem combatidos.
Portanto, um sistema imunológico que funciona perfeitamente nos protege de vários perigos. Ele combate vírus que já conhecemos como os da gripe, elimina bactérias, nos protege de doenças novas como o coronavírus, não ataca o próprio corpo e provoca a morte de células tumorais.
Em outro artigo, já falamos sobre os 8 fatores que fortalecem nosso sistema imunológico. Neste, falaremos sobre alguns dos principais erros que cometemos até mesmo sem perceber, mas que derrubam as defesas do organismo. Veja quais são eles!
1. Não colorir o prato
Vegetais de cores diferentes possuem nutrientes também distintos, com funções específicas que ajudam a manter nosso sistema de defesa sempre forte. Por isso, em todas as refeições é importante montar um prato variado, colorido pela presença de frutas ou verduras.
Além da presença de várias cores, é interessante que esses alimentos sejam consumidos crus, da forma mais natural possível. Dessa forma, suas propriedades serão perfeitamente preservadas e proporcionarão as vitaminas e sais minerais que o corpo precisa para que as defesas atuem de forma adequada.
2. Dormir poucas horas
As pessoas dormem cada vez menos. Como resultado, a vida também se torna mais curta. Isso acontece porque inúmeras pesquisas comprovam que a privação do sono atrasa a reação das células de defesa. A diminuição da velocidade de resposta chega a 80%, o que deixa o organismo muito mais susceptível às infecções.
A falta de sono causa uma redução drástica no número de linfócitos T, um grupo de células de defesa extremamente importante, bem como de moléculas e receptores que participam do processo de rejeição a fatores estranhos ao organismo.
Portanto, dormir poucas horas, especialmente antes da meia-noite, contribui para a baixa imunidade. Alguns profissionais não têm essa escolha, mas percebe-se que grande parte da população abre mão dos benefícios de uma boa noite de sono por puro entretenimento.
3. Produtos alimentícios açucarados
Quando ingerimos açúcar, nosso organismo elimina minerais como o magnésio e o zinco. O zinco, especialmente, tem uma função importantíssima para fortalecer o sistema de defesa, pois age nos processos anti-inflamatórios e ajuda a regular o funcionamento dos linfócitos.
Portanto, quanto mais açúcar, menos zinco e quanto menos zinco, mais enfraquecido fica o sistema de defesa. Alimentos açucarados como doces, biscoitos, chocolates e refrigerantes, entre outros, devem ser evitados para quem não quer pegar infecções ou sofrer por doenças que se aproveitam da baixa imunidade para se desenvolverem.
4. Estresse causa baixa imunidade
Outro fator causador de baixa imunidade é o estresse. Quando ficamos tensos, nervosos ou sobrecarregados física e mentalmente, o corpo produz mais cortisol e adrenalina.
O cortisol é um hormônio que, quando produzido em quantidade exagerada, inibe a atuação do sistema imunológico do organismo. Essas substâncias atuam como um freio, impedindo que as células de defesa façam seu trabalho com a eficiência necessária para nos proteger de doenças.
5. Sedentarismo
O primeiro benefício da atividade física é a melhora na circulação sanguínea. Com isso, os tecidos do corpo são abastecidos com nutrientes e oxigênio, tornando-se mais aptas a enfrentar agentes invasores. Porém, existem ainda outras vantagens em manter uma vida ativa.
A atividade física tem ainda um outro poder, que é o de aliviar o estresse. Dessa forma, ela não permite a elevação na produção e liberação de cortisol, mantendo o sistema de defesa do organismo em alerta.
Embora nem sempre os estudos mostrem o mecanismo envolvido na relação entre a atividade física e o sistema de defesa, sabe-se que pessoas que praticam exercícios têm uma resposta imunológica melhor. Suas células de defesa destroem invasores com maior facilidade e até mesmo a proteção proporcionada pelas vacinas é potencializada.
Uma pesquisa demonstrou que, quando tomam a vacina contra a gripe, apenas 50% dos idosos ficam realmente imunizados. Porém, no grupo que pratica exercícios físicos, esse percentual sobe para 90% — um aumento significativo.
Além disso, a prática de exercícios é um dos fatores mais importantes para evitar e combater doenças crônicas. Essas patologias não só prejudicam a qualidade de vida das pessoas na terceira idade, mas também se favorecem o surgimento de complicações sérias quando surgem outros problemas de saúde, como vimos nos casos de coronavírus.
Estudos mostraram que pacientes na faixa etária dos 70 anos tinham um índice de mortalidade por volta dos 8%. Aos 80, essa taxa aumentava para 15%. Porém, quando o idoso com coronavírus tinha também uma ou mais doenças crônicas, esse índice de mortalidade alcançava alarmantes 28% dos infectados.
Portanto, além de favorecer o bom funcionamento de defesa, fugir do sedentarismo previne outros problemas que são conhecidos como fatores complicadores em outras doenças.
6. Consumo de álcool
Finalmente, não poderíamos deixar de mencionar o consumo de álcool. Aquela cervejinha, vinho ou whisky podem fazer o organismo pagar um alto preço, pois interrompe a produção uma molécula chamada citocina.
A citocina atua na comunicação intercelular, ou seja, contribui para que o sistema de defesa seja alertado quando o corpo sofre a invasão de um agente estranho. Sem a quantidade adequada dessas moléculas, a resposta imunológica é mais lenta, deixando o organismo susceptível às doenças.
E então, quais desses hábitos que destroem o sistema imunológico e prejudicam a imunidade você ainda pratica? Achou o artigo interessante? Compartilhe com seus amigos e ajude todos eles a fortalecerem as defesas e ficarem livres de doenças!