Os problemas mais perigosos para a saúde do ser humano não são os que surgem de repente. A cada ano, mais de 25 milhões de óbitos acontecem devido às doenças crônicas que, silenciosamente, preparam o caminho para infartos, AVCs, e outras causas de morte.
Porém, embora sejam silenciosas, as doenças crônicas dão sinais de seu desenvolvimento. Alguns deles, como o colesterol e triglicérides elevados, são detectados em exames simples e de rotina, como o hemograma.
Mas afinal, o que são o colesterol e triglicérides? Como combatê-los no dia a dia, evitando outros problemas mais graves? Isso é o que você vai descobrir neste artigo. Confira!
O que são o colesterol e o triglicérides?
Tanto o colesterol quanto os triglicérides são gorduras (lipídios) presentes em nosso organismo. Entenda qual é a diferença entre elas:
Colesterol
A presença do colesterol em nosso organismo é natural. Inclusive, ele ajuda a compor as células, interfere na produção de hormônios e sais biliares, contribui para transportar outros tipos de gordura pelo organismo, entre outras funções.
Esse tipo de gordura se forma naturalmente no fígado. Porém, essa quantidade produzida pelo corpo pode aumentar de acordo com o nosso consumo de determinados alimentos como ovos, leite e seus derivados, bem como as carnes.
Existem dois tipos de colesterol, que geralmente as pessoas chamam de colesterol bom (HDL) e colesterol ruim (LDL). O primeiro, que é uma lipoproteína de alta densidade, desempenha uma função protetora no organismo.
Por outro lado, o excesso de lipoproteínas de baixa densidade (colesterol LDL) desencadeia vários problemas. Esse tipo de gordura se acumula nas artérias, formando placas ateroscleróticas.
A aterosclerose, como já mencionamos em outro artigo, é um dos principais fatores de risco para incidentes graves como infarto. Por isso, manter o colesterol sob controle, ou seja, inferior a 200 mg/dl, é uma das formas de prevenir esse problema.
Portanto, o problema não é “ter colesterol”, pois todos nós precisamos dessa gordura no organismo. O perigo existe quando ele ultrapassa os níveis normais, sinalizando que é preciso mudar hábitos para preservar principalmente o sistema circulatório e o coração.
Triglicérides
Assim como o colesterol, os triglicérides são um tipo de lipoproteína. Isso significa que são gorduras (lipo) que circulam no sangue, ligadas a proteínas.
O problema, mais uma vez, começa quando os níveis de triglicérides estão acima do normal. Assim, eles também se acumulam nas artérias e formam placas. Além dos danos causados aos vasos, essa passagem pode ser obstruída a qualquer momento, levando a um infarto ou AVC.
Se fôssemos falar da composição e consequência do colesterol e triglicérides, precisaríamos de muito mais que um artigo. No entanto, vamos ao que mais interessa a quem se sente ameaçado pelo perigo — as estratégias de combate pela alimentação.
Como se alimentar para controlar o colesterol e os triglicérides?
Os níveis de colesterol são influenciados por fatores genéticos, mas não determinados exclusivamente por eles. Portanto, sabe-se que uma pessoa pode ter predisposição ao aumento desses lipídios no organismo, mas a piora do quadro é muito mais acentuada quando os hábitos favorecerem o acúmulo anormal da gordura.
No caso dos triglicérides, além dos hábitos há outros problemas de saúde que podem contribuir para esse aumento. Os diagnósticos de diabetes, hipotireoidismo e doenças hepáticas estão entre eles.
O aumento deles também está relacionado a outros fatores, como o excesso de peso, estresse, utilização de cigarro e bebidas alcoólicas. Por isso, é a partir das causas que nós vamos traçar as estratégias de combate. Pronto para ver quais são? Continue a leitura!
Não aumente o estoque de gorduras
Lembre-se: seu organismo já produz colesterol e triglicérides. Ele não precisa que você aumente esse estoque de gorduras por meio da alimentação.
E quais são os alimentos que contribuem para aumentar o colesterol e o nível dos triglicérides? Basicamente, aqueles que contêm gordura ou que, ao serem processados pelo organismo, contribuem para formar essas substâncias.
Portanto, é importante eliminar ou reduzir drasticamente as carnes e embutidos, queijos (especialmente os mais amarelos e escuros), laticínios e bebidas alcoólicas. Açúcares e refinados (pão, arroz, macarrão e outros alimentos brancos, não integrais), também entram nessa lista a ser evitada.
Apele para os amigos do coração
Por outro lado, existem alimentos que são amigos do coração e redutores tanto do colesterol quanto dos triglicérides. Você se beneficiará especialmente com o consumo de soja, feijão, gérmen de trigo, goiaba, bem como cereais integrais.
Experimentos mostraram que, em apenas três semanas, pessoas que consumiam 120 diárias de feijão cozido tinham uma redução de 10% em seus níveis de colesterol e triglicérides no sangue. A solução é geralmente simples, e nesse caso, não é diferente.
Porém, além dos alimentos que fazem bem, existem aqueles que são ainda mais importantes, pois são considerados antagonistas do colesterol. Isso significa que eles combatem diretamente o aumento desses tipos de gordura. A alcachofra, por exemplo, faz o organismo reduzir a produção do colesterol ruim e aumenta o HDL, que é o colesterol bom.
Outros alimentos que têm a ação antagonista ao colesterol são a aveia, a soja e o alho, que reduzem o nível de colesterol. No entanto, é possível destacar que não existe um alimento “mágico”. Eles contribuem, mas só é possível ter resultados significativos quando o estilo de vida é saudável.
Cuidado com o ômega-3 e ômega-6
Não poderíamos falar de colesterol e triglicerídeos sem falar também do ômega-3 e do ômega-6. Esses dois tipos de gordura são importantes para regular esses níveis sanguíneos, mas o consumo deve ser feito de forma apropriada.
Sabe-se que o ômega-6 é um ácido graxo com ação pró-inflamatória. Ele estimula o organismo a produzir substâncias que contraem os vasos sanguíneos e contribuem para a formação de placas. Portanto, seu uso deve seguir uma proporção equilibrada e vale a pena consultar um nutricionista, caso queira fazer uma suplementação.
Além disso, é fundamental tomar cuidados com as fontes. Ao consumir peixes, ovos e carnes de aves para aumentar os níveis de ômega-6, a pessoa também ingere muitas gorduras saturadas. Portanto, é possível que o suposto benefício do ômega-6 seja anulado porque a pessoa está aumentando seu consumo de gordura, e de um tipo muito perigoso.
Por outro lado, é perfeitamente possível incluir ômega 3 e 6 na alimentação diária usando fontes vegetais. Dessa forma, a pessoa tem todos os benefícios desses ácidos graxos, mas sem aumentar seu consumo de gordura saturada.
As principais fontes vegetais de ômega-3 são a chia, sementes de linhaça, nozes, soja e nozes. Os óleos também contêm ômega-3, mas o fato de serem refinados faz com que eles tragam riscos à saúde, como já falamos em outro artigo sobre os tipos de gordura.
Já o ômega-6 pode ser obtido em cereais integrais, castanhas, semente de abóbora e fruto de açaí. Assim como o ômega-3, ele está presente nos óleos.
Entendeu o que são o colesterol e o triglicérides e quais os alimentos que afetam seus níveis no organismo? Quer saber mais sobre os tipos de gordura e quais delas fazem bem ao organismo? Continue aqui no site e confira nosso artigo completo sobre esse assunto!
Fontes:
Vidal, E L. O sabor da saúde. Tatuí, 2011. Casa Publicadora Brasileira.
Pamplona, J. O poder medicinal dos alimentos. Tatuí, 2006, Casa Publicadora Brasileira.
La Marca, L. Sinta-se bem! Tatuí, 2011, Casa Publicadora Brasileira.
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