Hoje, em média, vivemos mais que as gerações anteriores. Porém, à medida que a idade avança, se tornam mais comuns os casos de doenças neurodegenerativas, como a demência. Saiba quais são os tipos e como evitá-la.
Infelizmente, as projeções não são nada positivas. Estima-se que, até 2050, o número de pessoas com mais de 40 anos com demência deve triplicar.
Portanto, se em 2019 havia 57 milhões de pessoas vivendo com demência no mundo, a previsão para 2050 é de 153 milhões de adultos e idosos nesta condição.
É sobre isso que vamos falar neste artigo, abordando a demência de forma específica. Então, entenda suas reais causas e estratégia de prevenção.
O que é a demência?
A demência é uma condição médica caracterizada por um declínio progressivo na função cognitiva, que vai além do que se espera do envelhecimento normal.
Por isso, a demência não é uma doença, embora seja uma condição atrelada a uma série de diagnósticos ou até mesmo o principal sintoma de algumas doenças.
A demência pode surgir em decorrência do mal de Alzheimer, por exemplo. Ela também pode ser um conjunto de sintomas atrelado ao mal de Parkinson, abuso de álcool e assim por diante.
A demência pode ser identificada a partir de alguns aspectos, resumidos em perda de memória, dificuldades com o pensamento e raciocínio, resolução de problemas, linguagem e outras habilidades cognitivas.
Nós trouxemos algumas informações a respeito desses aspectos para que você compreenda ainda melhor o assunto:
Declínio cognitivo
Trata-se da perda progressiva ou deterioração de habilidades cognitivas como memória, pensamento, compreensão, cálculo, aprendizagem, linguagem, orientação espacial e análise / julgamento.
Alterações no comportamento e personalidade
As alterações no comportamento e personalidade são tão importantes quanto a perda cognitiva. O paciente passa a apresentar apatia, depressão, agitação, rebeldia, irritabilidade, sendo que não manifestava esses comportamentos de forma rotineira.
Agravamento progressivo
A demência não surge de repente. Ela costuma começar com sintomas leves e, muitas vezes, imperceptíveis a princípio. Porém, essas dificuldades se tornam cada vez mais severas.
Assim, é comum a pessoa começar a se esquecer de nomes, deixar a panela no fogo e não perceber e até mesmo acreditar que são distrações normais.
Porém, ao longo dos anos, esses pequenos lapsos se tornam cada vez mais sérios. Em quadros avançados, a pessoa perde a capacidade de se comunicar e de autocuidado.
Causas diversas
A demência pode ter diversas causas. A mais comum e conhecida é o Mal de Alzheimer. No entanto, existem também a demência vascular, demência com corpos de Lewy, demência frontotemporal etc.
Perda de autonomia
Os sintomas de demência, à medida que se tornam mais severos, passam a interferir nas atividades diárias. Então, a pessoa passa a ter dificuldades com manuseio de equipamentos, de dinheiro e até mesmo com ações simples de autocuidado.
Quais são os tipos de demência?
Existem diversos tipos de demência. Em seguida, falaremos brevemente dos principais, apenas para que você conheça suas características e sintomas.
Nós temos, aqui no site, diversos conteúdos que complementam os tópicos a seguir. Os links estarão disponíveis ao longo do texto.
Doença de Alzheimer
Devido ao acúmulo de placas de proteínas no cérebro, ocorre uma perda progressiva de células cerebrais. Os principais sintomas são perda de memória, confusão e dificuldades com a comunicação.
Essas dificuldades de comunicação incluem tanto a fala quanto a compreensão do que os outros dizem. Portanto, em estágio avançado, o Alzheimer representa um grande desafio para a família do paciente.
Atualmente, já existe um exame que detecta o Alzheimer de forma precoce. Trata-se do PrecivityAD2. Assim, ele possibilita o tratamento desde os primeiros estágios da doença, melhorando o prognóstico do paciente.
Para saber mais, confira o nosso artigo completo sobre o mal de Alzheimer.
Demência vascular
Neste caso, o paciente passa a apresentar os sintomas de demência porque ocorrem problemas de circulação e fornecimento de sangue para o cérebro, deixando as células cerebrais com pouco oxigênio e nutrientes, o que as danifica.
Os principais sintomas de demência vascular são dificuldades de concentração, resolução de problemas e planejamento.
Demência frontotemporal
A demência frontotemporal não é tão comum quanto o Alzheimer. No entanto, nos últimos tempos, teve destaque após a família do ator Bruce Willis divulgar que ele sofre deste problema.
Por afetar principalmente os lobos frontal e temporal do cérebro, ela causa mudanças na personalidade e comportamento. Além disso, a pessoa tem dificuldades de comunicação — fala e compreensão da linguagem.
Aqui no site, temos um artigo completo sobre a demência frontotemporal.
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson é conhecida principalmente por seus sintomas motores. A tremedeira e a dificuldade para manusear objetos é facilmente observada.
Porém, ela não se restringe a esses sintomas. Em seu estágio avançado, ela pode levar à demência, gerando problemas cognitivos como falta de atenção, planejamento e julgamento.
Demência com corpos de Lewy
Trata-se de um tipo de demência caracterizada pela presença de corpos de Lewy no cérebro. Essas estruturas são anormais, ou seja, não deveriam estar neste órgão.
Como consequência, a pessoa pode ter alucinações visuais, problemas com a atenção e também problemas motores.
Demência mista
Algumas pessoas têm uma junção de fatores causadores de demência. Portanto, elas podem ter demência vascular e, também, placas amiloides que causam o Alzheimer.
Demência devido a condições médicas
Outras doenças podem ser causadas por condições médicas. Alguns exemplos pouco conhecidos são a doença de Huntington associada ao HIV.
No entanto, existem condições médicas bem mais frequentes associadas à demência, como o diabetes. Por isso, é fundamental ficar atento a qualquer alteração no organismo e sempre buscar um estilo de vida saudável.
É possível tratar a demência?
Os tratamentos para vários tipos de demências ainda são bastante limitados. Em alguns casos, eles conseguem desacelerar a perda cognitiva, mas não contê-la ou reverter o problema.
Para prevenir a demência, precisamos pensar em suas causas. Se você ler a maioria dos artigos sobre o tema, descobrirá que eles geralmente apontam o envelhecimento da população como a “causa” do problema. No entanto, estamos aqui para dizer que esta não é a verdade.
Realmente, algumas doenças se tornam mais comuns após o envelhecimento. Porém, isso não significa que elas são uma condição inerente ao prolongamento da vida. Elas são, em vez disso, uma consequência dos danos que causamos ao nosso organismo ao longo dos anos.
Alimentação artificial, industrializada e desequilibrada, sedentarismo, falta de sono (em quantidade e qualidade), bem como o estresse da vida moderna estão entre os principais fatores que levam à degeneração de células, inclusive no cérebro.
Portanto, da mesma forma que sabemos que temos grandes chances de viver mais que nossos avós e pais, também temos conhecimento para frear esses danos através de nossos hábitos.
Um estilo de vida saudável pode prevenir a demência e, quanto antes você começar, maiores são as suas chances de manter seu cérebro funcionando em plena capacidade.
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