Quem aguenta viver o tempo todo em dieta? Provavelmente, ninguém! Um cardápio muito restrito, além de ser insustentável por um período longo, costuma provocar carência de nutrientes. Por isso, a melhor alternativa, tanto para a saúde quanto para o emagrecimento, é uma reeducação alimentar.
Porém, existem alguns mitos referentes a esse assunto. É sobre eles que vamos falar neste artigo. Será que você acredita em alguns deles? Confira!
Mito 1: Reeducação alimentar é a mesma coisa que dieta
Em sua origem etimológica, a palavra dieta significa “modo de vida” ou hábito. Neste caso, reeducação alimentar seria, realmente, a aquisição de um novo hábito alimentar ou modo de se alimentar.
No entanto, atualmente, não é assim que a palavra dieta é utilizada pelas pessoas. Hoje, esta palavra evoca a necessidade de restringir porções para diminuir a ingestão de calorias.
Na verdade, até mesmo em muitas clínicas de emagrecimento, o que importa não é quão saudável é um alimento, desde que o paciente coma pouco e emagreça.
A reeducação alimentar vai no sentido contrário. Ela foca não só na quantidade, mas principalmente na qualidade dos alimentos. O foco também não é realizar o processo com uma data de validade definida, mas adotar hábitos que seguirão a pessoa ao longo da vida.
Mito 2: Reeducação alimentar faz a pessoa passar fome
Em um processo de reeducação alimentar, a pessoa não passa fome. Isso é o que acontece aqui na Clínica & SPA Vida Natural. Nossos hóspedes sabem muito bem que as nossas nutricionistas orientam cada um deles a fazer um verdadeiro pratão. Porém, a diferença está na composição.
Se a pessoa tenta mudar hábitos sem uma orientação correta, ela realmente passará fome. Ao comer apenas uma quantidade reduzida de carboidratos refinados, por exemplo, em pouco tempo o organismo sentirá necessidade de uma nova refeição.
A reeducação alimentar introduz outros alimentos que prolongam a sensação de saciedade. Dessa forma, a pessoa consegue “sobreviver” até a próxima refeição sem ficar comendo nos intervalos.
Mito 3: Jejum emagrece
O jejum tem outros benefícios para a saúde, e por isso falaremos sobre ele em outro artigo. Porém, comer em apenas algumas horas do dia não emagrece. O segredo para ter resultado é, nessa janela em que a pessoa se alimenta, controlar a quantidade e qualidade ingeridas.
Isso significa que, mesmo que a pessoa passe 12, 14 ou 16 horas em jejum, se ela compensar esse tempo comendo exageradamente, ela não terá o emagrecimento desejado e ainda pode aumentar seu peso.
Porém, voltamos a destacar que o jejum tem outros benefícios à saúde. É importante procurar orientação profissional para não sofrer déficits nutricionais e praticar uma alimentação saudável.
Mito 4: A reeducação alimentar pesa no bolso
Essa é uma das afirmações mais inverdadeiras que existem. Alimentar-se bem definitivamente não pesa no bolso. O que custa caro é trocar o seu cardápio atual por produtos industrializados que têm seu preço elevado.
A maioria dos alimentos que o nosso corpo precisa são simples, naturais. Por não serem processados industrialmente, eles têm um custo bastante razoável. O problema é que nós, muitas vezes, queremos encontrar fórmulas prontas nas prateleiras do mercado. Nesse caso, realmente pode haver um rombo no orçamento.
Mito 5: É preciso consumir alimentos diet e light
Ninguém precisa de alimentos diet ou light para emagrecer. No caso dos alimentos diet, eles são desenvolvidos pela indústria alimentícia para atender às necessidades de um grupo específico de pessoas, que realmente não pode consumir açúcar, como os diabéticos. Porém, é importante observar que eles possuem outros adoçantes e substâncias artificiais.
Por outro lado, os alimentos light apresentam redução de calorias ou de algum outro componente, como sal, gordura ou açúcar. Eles fazem mal? Depende! Como grande parte dos produtos industrializados, eles muitas vezes possuem outros ingredientes ou uma composição que não é favorável à saúde.
Vamos imaginar, por exemplo, um biscoito light. Ele pode ter menos açúcar que a versão original. Porém, se ele também é feito com farinha branca, refinada, além de conservantes, corantes, excesso de sódio e outras substâncias químicas, ele mantém aspectos não saudáveis do produto tradicional.
Mito 6: A reeducação alimentar deixará minha alimentação muito restrita
Na verdade, é exatamente o contrário! Na alimentação comum não há uma grande variedade no cardápio. Pense bem: o que você come no horário do almoço, praticamente todos os dias? E no desjejum? No horário do jantar, algumas pessoas variam um pouco mais, mas nem sempre de maneira saudável.
Um processo verdadeiro de reeducação alimentar tem como objetivo, antes de restringir o consumo de alimentos pouco saudáveis, apresentá-lo a novos vegetais, frutas, legumes, sementes e cereais, em diferentes formas de preparação. Portanto, prepare-se para uma explosão de cor e sabor em seu prato.
Mito 7: Serei obrigado a parar de comer tudo o que gosto
Em primeiro lugar, em uma reeducação alimentar, ninguém é obrigado a nada. Porém, você vai aprender que determinados alimentos ou produtos alimentícios (sim, há diferença) não beneficiam a saúde. Mas não é só falar o que faz mal.
A principal vantagem de um bom programa de reeducação alimentar é que ele ajuda a descobrir outras opções. Dificilmente um alimento substituirá outro, mas se você encontrar algo que goste muito e é saudável, não sentirá tanta falta do seu cardápio anterior ou conseguirá comer o que não faz bem apenas em algumas ocasiões, sem sofrer.
Mito 8: Preciso comer de três em três horas
Esse é outro mito referente à reeducação alimentar. Na verdade, o que nós precisamos é de duas ou três refeições diárias. Fora esses três momentos, o sistema digestório necessita de descanso.
Mas e quanto às recomendações recentes de que é preciso comer de três em três horas? Na verdade, não necessitamos desses lanches no intervalo das refeições. Há profissionais que recomendam isso para manter a glicemia em níveis adequados.
Porém, se você realmente quer atender às necessidades de nutrientes e descanso para o organismo, a recomendação é outra. Faça no máximo três refeições e, para manter a glicemia, utilize alimentos de baixo índice glicêmico, como integrais e vegetais. Eles serão processados mais lentamente pelo organismo, evitando tanto os picos de insulina quanto sua queda.
Mito 9: Vou precisar pesar todos os alimentos
Isso também não é verdade. Afinal, não é em todos os ambientes que você tem uma balança à disposição para pesar os alimentos e nem vale a pena passar a vida inteira contando gramas e calorias.
Existem técnicas que podem ajudá-lo a aprender a se alimentar de forma saudável e balanceada sem precisar desses recursos. Um exemplo é o prato FAROL, que nós já ensinamos aqui no site e que permite uma abundância de nutrientes, sem extrapolar as suas necessidades calóricas diárias.
Agora você já desvendou 9 mitos que rondam o tema reeducação alimentar, que tal aprender a técnica do prato farol? Clique no link abaixo e confira!