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Há bastante tempo, a comunidade médica entende que a depressão tem, como uma de suas principais causas, a queda nos níveis de serotonina.

Durante décadas, este suposto desequilíbrio químico é a causa desta doença e ainda é utilizado para explicar como a doença se desencadeia.

Porém, em julho de 2022, a publicação de um estudo realizado por pesquisadores da University College London e publicado no periódico Molecular Psychiatry questionou esta teoria de forma aparentemente contundente.

Segundo os pesquisadores, que realizaram uma revisão das 17 principais linhas de pesquisa sobre o tema, não é possível dizer que a depressão se desenvolve como resultado da queda de serotonina.

Antes de falarmos do assunto, um aviso importante: não é nosso objetivo esgotar o assunto e nem nos posicionarmos a favor ou contra determinado tratamento.

Vamos apenas levantar alguns pontos importantes que esse estudo trouxe e, mais que isso, reafirmar o nosso compromisso e a importância de abordar o tratamento da depressão de forma sistêmica. Veja a seguir.

Como o estudo questiona a relação entre serotonina e depressão?

Como já dissemos, esta pesquisa analisa os resultados das 17 principais linhas de pesquisa sobre a depressão.

Em alguns deles, os pesquisadores provocaram artificialmente uma queda de serotonina nos voluntários. No entanto, eles não desenvolveram a depressão.

Portanto, esses estudos mostram que apenas a queda nos níveis de serotonina não é suficiente para levar ao desenvolvimento da doença.

Outros estudos analisaram diferentes fatores e demonstraram como eventos externos podem impactar no surgimento da depressão. Mais uma vez, o evento não estaria relacionado à queda de serotonina.

Sobre isso, um dos coautores da pesquisa, Mark Horowitz, afirmou que eventos adversos da vida têm um impacto muito grande no surgimento da depressão.

Ainda segundo Horowitz, PhD em Psiquiatria, “o humor deprimido é uma resposta à vida das pessoas e não pode ser resumido a uma simples equação química”.

quadros depressivos.

Não à toa, a dra. Moncrieff é uma crítica ferrenha da indústria farmacêutica. Para a médica, a indústria lucra ao difundir a falsa

 

Qual é o impacto do estudo sobre o tratamento da depressão?

Isso tem implicações muito importantes para o tratamento da doença, pelo menos de acordo com os protocolos mais utilizados.

Muitos desses protocolos se baseiam na prescrição de antidepressivos que inibem a recaptação de substâncias como serotonina, dopamina e norepinefrina.

Assim, eles deixariam mais dessa substância circulando pelo cérebro, o que corrigiria o desequilíbrio químico, reduzindo os sintomas da depressão.

Porém, o debate que esta pesquisa abre aponta para o fato de que este tratamento não estaria corrigindo as causas do problema.

Mais que isso, o estudo aponta que não existe uma cura química para a depressão e que o diagnóstico exigiria mudanças mais significativas na vida das pessoas atingidas pela doença.

Vale a pena destacar que o objetivo do estudo não era demonstrar o efeito dos antidepressivos sobre os pacientes. Portanto, se você toma medicamentos, não interrompa o uso sem orientação médica.

No entanto, a partir das conclusões, os pesquisadores levantam uma série de questionamentos e pedem uma investigação mais apurada sobre causas da doença e seu tratamento.

Vejam alguns pontos importantes:

É preciso estudar mais sobre a depressão

Já faz algum tempo que muitos especialistas apontam para o fato de que a depressão é uma doença de causas multifatoriais e não completamente estabelecidas.

Portanto, o primeiro ponto é a necessidade de aprofundar o estudo sobre essas causas e não assumir que uma única teoria — como a do desequilíbrio químico — pode explicá-las em sua totalidade.

O estudo também não diz que nenhuma depressão é causada por uma diminuição nos níveis de serotonina, mas indica que a maior parte dos casos não têm esta causa.

Não se deve dizer aos pacientes que o desequilíbrio de serotonina químico causa depressão

Esta é uma recomendação dos pesquisadores a partir do estudo. Afinal, isso seria reforçar uma ideia imprecisa da causa do problema.

Isso não significa que, em alguns casos, o médico não precise receitar antidepressivos.

Porém, neste caso, caberia a ele informar que o remédio não está tratando a causa do problema, mas apenas aliviando sintomas até que uma solução mais completa seja encontrada.

Ainda segundo os pesquisadores, esta falsa crença de que a depressão tem como causa um desequilíbrio químico levou ao aumento das taxas de prescrição desses medicamentos.

No Brasil, somente entre 2019 e 2020, houve um aumento de 17% na venda de antidepressivos e estabilizadores de humor. Já em 2021, apenas entre janeiro a maio o aumento foi de 13% em relação ao mesmo período de 2020.

Portanto, a pesquisa mostra que a prescrição precisa ser mais cautelosa, visto que a ação do remédio não está relacionada à causa do problema.

 

 

 

O tratamento deve abranger outros aspectos da vida do indivíduo

Como afirma o pesquisador Mark Horowitz, se a vida do indivíduo causa a depressão, a melhor alternativa não é simplesmente amortecer esses sintomas com medicação.

Portanto, os pesquisadores propõem uma atenção maior a outras linhas de tratamento, como a psicoterapia.

Segundo eles, ao desenvolverem habilidades para gerenciar situações estressantes ou traumáticas, as pessoas poderiam ter uma capacidade maior de enfrentar as adversidades sem desenvolverem um quadro depressivo.

Como a Clínica & SPA Vida Natural trata a depressão?

Em alguns aspectos, o estudo confirma que o tratamento da depressão deve ter uma abordagem mais abrangente, que é o que a Clínica & SPA Vida Natural faz há anos.

Entendemos, com base em diversos estudos já realizados, que a nossa saúde mental depende do bom funcionamento do nosso organismo, bem como das relações que desenvolvemos.

Por isso, o nosso tratamento contempla todos esses fatores, desde a alimentação anti-inflamatória e desintoxicante, a regulação da microbiota intestinal e do sono, prática de exercícios físicos, psicoterapia e até acolhimento espiritual.

Portanto, o que vemos aqui são resultados significativos no tratamento da depressão, com redução ou mesmo suspensão do uso de medicamentos, mas com uma intensa reeducação do estilo de vida.

Este estudo, que aparentemente derruba uma crença da comunidade científica nos últimos 60 anos, mostra que a Ciência avança desta forma, passo a passo.

Assim, uma descoberta tem validade temporária, até que outros estudos demonstrem que, em sua totalidade ou parcialidade, a conclusão anterior não estava correta.

Porém, ao longo do tempo, o que não muda é o fato de que os princípios de uma vida saudável são sempre os mesmos — os oito remédios naturais.

Por isso, ao colocarmos esses princípios em prática, temos como resultado melhor saúde física e mental.

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“Baixos níveis de serotonina não causam depressão” — pesquisa agita a comunidade científica