Muito se fala sobre os riscos que os quilos a mais podem trazer para a saúde. Não estamos falando apenas de estética ou de se sentir feliz com o corpo. Estar em forma também evita doenças.
Obesidade e inflamação caminham juntas, uma relação que traz inúmeros riscos à saúde.
Atualmente, muitas doenças são causadas pela inflamação crônica. Ela atua no organismo de forma moderada e, ao longo de anos, pode produzir danos irreversíveis aos órgãos.
Portanto, combater a inflamação crônica é fundamental para quem quer desfrutar de uma vida saudável. Isso inclui o combate à obesidade, já que esses dois estados estão associados.
Quer saber mais sobre esse assunto? Então, continue a leitura!
O que é inflamação crônica?
Uma inflamação é chamada de crônica quando ela prevalece por um longo tempo. Ela pode ser o resultado de uma inflamação aguda que não foi curada, mas nem sempre é isso que acontece.
Podemos identificar inflamações crônicas por algumas marcas, são lesões persistentes ou infecções causadas por microorganismos difíceis de erradicar, como algumas micobactérias, vírus e fungos.
Algumas doenças inflamatórias também podem evoluir para inflamações crônicas, como é o caso da artrite reumatoide, das úlceras pépticas crônicas e da doença inflamatória intestinal.
No entanto, muitas inflamações crônicas não são decorrentes de inflamações agudas que não foram curadas. Algumas delas se desenvolvem lentamente, devido às agressões silenciosas que o nosso organismo sofre quando nossos hábitos não são saudáveis. Esses são os casos mais perigosos pois, apesar de imperceptíveis, eles trazem sérias consequências a médio e longo prazos.
Qual é o perigo da inflamação crônica?
Como o organismo reage a uma inflamação aguda? Todo o corpo se mobiliza tanto para expulsar os agentes patógenos, no caso das infecções, como para proteger e recuperar os tecidos atingidos.
Tudo acontece em questão de segundos. As veias se dilatam e o fluxo sanguíneo aumenta para irrigar a região machucada.
Elementos como plaquetas, macrófagos e neutrófilos começam a trabalhar para restaurar os tecidos que foram lesionados e para expulsar qualquer corpo estranho. Assim que o objetivo é atingido, tudo tende a voltar ao normal.
Quando a inflamação é crônica, o processo acontece de maneira um pouco diferente. A mobilização das células não para e, em vez de recuperar a lesão, as estruturas de proteção acabam destruindo os tecidos.
O que complica ainda mais o quadro crônico é o fato de que o processo inflamatório pode ser completamente diverso. É difícil ter um remédio que não só alivie os sintomas, como que promova a cura.
Nesse quadro, a inflamação crônica pode contribuir para o desenvolvimento e avanço de uma série de doenças graves, como câncer, diabetes, hipertensão e outros problemas cardiovasculares, além de males neurológicos.
Qual é a relação entre obesidade e inflamação?
O nível de citocinas e proteínas de fase aguda associadas à inflamação circulando pelo corpo é grande em pacientes obesos.
As células do tecido adiposo, ou adipócitos, secretam várias citocinas e proteínas de fase aguda que, direta ou indiretamente, elevam a produção e circulação de fatores relacionados com a inflamação.
Existem evidências de que o estado inflamatório pode acontecer devido à resistência à ação da insulina e outras desordens associadas à obesidade, como a hiperlipidemia e síndrome metabólica.
Existem duas teorias sobre a relação da obesidade com a inflamação. Uma delas sugere que a inflamação é uma consequência da obesidade, já a outra coloca a obesidade como resultado de uma doença inflamatória.
Nesse contexto, o que deve ser analisado é a origem dos marcadores inflamatórios na obesidade. São três as possibilidades:
- A primeira possibilidade reflete a produção e liberação a partir de órgãos como o fígado e células imunes e não do tecido adiposo.
- A segunda explicação seria que o tecido adiposo branco, ou TAB, secreta fatores que estimulam a produção de marcadores inflamatórios pelo fígado e por outros órgãos.
- A terceira possibilidade é que as próprias células adiposas (que armazenam gorduras) são uma fonte imediata de alguns, ou até mesmo de muitos marcadores inflamatórios. Nesse contexto, o aumento do nível circulante dos marcadores inflamatórios reflete uma produção aumentada da massa adiposa branca.
É claro que também pode ser levada em consideração a possibilidade de haver uma combinação dessas três situações.
Como a obesidade impacta na saúde?
Como os tecidos que têm sua oxigenação prejudicada, ocorre o estresse do retículo e a ativação dos receptores toll-like 4, importantes na ativação da resposta imune inata do corpo. Em consequência, são desencadeadas inflamações no tecido adiposo do organismo.
Esse processo está ligado a uma das primeiras complicações da obesidade, um prejuízo na via de sinalização da insulina, levando a resistência a esse hormônio.
Com a intensidade desse estímulo, o quadro pode se agravar, levando até mesmo ao desenvolvimento de diabetes melitus tipo 2 e outras comorbidades.
Uma pesquisa avaliou 69 adolescentes obesos e chegou à conclusão que controlar o processo inflamatório associado à obesidade e reduzir a ocorrência da síndrome metabólica é tão ou mais importante que o controle do sobrepeso.
A síndrome metabólica é um conjunto de alterações que elevam o risco de doenças no coração e a taxa de mortalidade. Suas características são bem conhecidas por quem luta contra a obesidade: excesso de gordura na região abdominal, alterações nos valores do colesterol, níveis de triglicérides elevados, glicemia, pressão arterial alterada e aumento da circunferência da cintura.
Já o processo inflamatório tem como principal característica a secreção de substâncias pelo tecido adiposo, sendo capaz de elevar o risco cardiovascular.
Como combater a inflamação associada à obesidade?
A obesidade é considerada uma doença multifatorial ou poligênica, afetando vários genes. Por isso, não possui um único tratamento. Entre as recomendações médicas para reverter um quadro de obesidade estão a reeducação alimentar, atividade física, tratamento psicológico e até mesmo tratamentos medicamentosos e cirurgias.
É muito importante prevenir ou controlar a inflamação crônica comum na obesidade visceral. Isso reduz os efeitos da elevação das proteínas celulares secretadas pelo tecido adiposo.
Alguns indivíduos têm predisposição genética para inflamação e resistência insulínica, que são características comuns na obesidade visceral. Em estudos experimentais, a redução de mediadores inflamatórios controla a inflamação do corpo e previne a resistência insulínica.
A intervenção nutricional neste quadro também é muito importante, pois vai além da redução das calorias, garantindo o aumento de fibras e uma distribuição de macronutrientes adequada.
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