Aposentadoria chegando, filhos adultos e encaminhados, experiência, maturidade, estabilidade financeira — depois de todas essas conquistas, espera-se desfrutar da terceira idade com mais tranquilidade, com tempo para aproveitar as atividades que proporcionam alegria e bem-estar. No entanto, para muitas pessoas que chegam a essa fase, os problemas de saúde do idoso podem ser um empecilho a essas realizações.

Sim, estamos vivendo mais e isso é uma boa notícia. Em 2018, a expectativa de vida dos brasileiros atingiu 76,3 anos — 30 a mais do que uma pessoa costumava viver em 1940, quando a média era de apenas 45,5 anos.

No entanto, quando analisamos a saúde do idoso no país, vemos que muitas mudanças ainda são necessárias para garantir que a população não só viva mais, mas principalmente que viva melhor.

Por isso, neste artigo vamos falar a respeito da saúde do idoso e as doenças que mais atingem essa faixa etária da população. Portanto, se você já está se aproximando dos 60 anos ou se preocupa com as pessoas queridas da sua família, não perca esse conteúdo!

Doenças da terceira idade

No passado, poucas pessoas chegavam ao que se chama hoje de terceira idade. Por isso, algumas das doenças muito comuns na população de idosos atual não eram frequentes e não apareciam como grandes causadoras de mortalidade.

No entanto, hoje a situação mudou. As doenças crônicas são muito comuns nessa população. Falaremos das principais a seguir.

1. Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil. Em um hanking com as 10 principais causas de morte no país, elas ocupam o primeiro, segundo, quinto, sétimo e nono lugar. Infarto, angina, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, AVCs e outros problemas como esses são responsáveis por 17 em cada 100 óbitos.

2. Problemas pulmonares

Os problemas pulmonares, principalmente as pneumonias, também estão entre as doenças que mais afetam a saúde do idoso. Entre os fatores que levam ao desenvolvimento dessa patologia, podemos destacar gripes e bronquite anteriores. Por isso, é importante que a pessoa participe das campanhas de vacinação.

No entanto, existem outros hábitos que aumentam os riscos de um problema pulmonar. Um deles é o alcoolismo. O tabagismo também pode desencadear diversas doenças nos pulmões, incluindo o enfisema.

É importante observar que a imobilização na cama é um dos fatores que aumenta o risco de pneumonia. Por isso, é fundamental ter uma vida ativa e evitar outras doenças, para que sua permanência acamada não afete os pulmões.

Caso o idoso ou sua família percebam sintomas como febre, dor ao respirar, escarros e tosse, devem procurar o médico o mais rápido possível.

3. Diabetes

Quarta maior causa de mortalidade no Brasil, o diabetes atinge em cheio a população idosa. Quase 20% dos brasileiros entre 55 e 64 anos recebem esse diagnóstico. Acima dos 65 anos, o índice ultrapassa os 27% (1 em cada 4 idosos).

É importante destacar que, além de colocar a vida do indivíduo em risco, o diabetes traz uma série de impactos à rotina. A pessoa pode perder a visão, tem dificuldades de cicatrização, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos são afetados, e diversos órgãos têm seu funcionamento prejudicado.

Nos homens, o diabetes não controlado também causa impotência sexual. Como os vasos sanguíneos e nervos são prejudicados, o homem perde parte da sensibilidade no pênis e o fluxo de sangue necessário para o enrijecimento do membro masculino se torna mais difícil.

4. Osteoporose

A osteoporose também é uma doença da terceira idade bastante frequente. Embora seja mais comum em mulheres (25% delas recebem esse diagnóstico após os 50 anos), nos homens a porcentagem também é alta. Entre eles, 1 em cada 5 desenvolvem essa patologia.

Quando o idoso tem osteoporose, seus ossos perdem densidade. Como resultado, eles se tornam mais frágeis e a probabilidade de fratura aumenta.

Além de todo o transtorno de ficar imobilizado devido à fratura, esse período em repouso pode trazer outras consequências mais graves à saúde do idoso. Ocorre uma redução na massa muscular e a pneumonia também pode surgir se a pessoa ficar acamada.

Para quem ainda não se convenceu de que a osteoporose é um problema grave, vale a pena citar ainda alguns números. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a osteoporose causa mais internações de mulheres acima de 45 anos de idade que qualquer outra doença.

Portanto, ela causa mais internações que o diabetes, infarto do miocárdio e até mesmo o câncer de mama. Como você pode perceber, é fundamental cuidar bem dos ossos para evitar essas complicações.

5. Alzheimer

As causas dessa doença degenerativa ainda não são completamente conhecidas. Diversos estudos avançaram nessa área e já se conhecem muitos os processos que contribuem para o desenvolvimento dessa patologia, mas alguns aspectos continuam necessitando de mais esclarecimentos.

O idoso com Alzheimer começa apresentando esquecimentos simples, confusões com datas, repetições de temas que já foram abordados em uma conversa. Porém, com o tempo as dificuldades evoluem e ele perde a capacidade de realizar tarefas domésticas simples, pode esquecer-se de quem são as pessoas próximas e não conseguir nem efetuar o autocuidado básico.

Sabe-se que quanto antes a pessoa começar a prevenir o Alzheimer, menores serão as chances de ter uma perda cognitiva significativa. Portanto, é fundamental ter uma boa alimentação, praticar exercícios e principalmente estimular a mente com aprendizado e atividades desafiadoras.

6. Câncer

Finalmente vamos falar de um diagnóstico que as pessoas consideram muito preocupante, que é o do câncer. Apesar dos avanços da Medicina e da melhora nos prognósticos, ainda existe um número grande de idosos que sofrem com essa doença.

Até poucas décadas atrás, os casos de câncer eram raros. Atualmente, se tornaram bastante comuns. Isso levou muitas pessoas a pensarem, durante algum tempo, que ele é uma consequência direta do envelhecimento da população. Afinal, se antes os indivíduos viviam pouco, não havia tempo suficiente para o desenvolvimento de tumores.

No entanto, hoje sabemos que a questão não é o próprio envelhecimento. O surgimento do câncer está muito relacionado ao estilo de vida moderno, especialmente aquele que as pessoas adotam nos grandes centros. Por isso, é necessário rever nossos hábitos para evitar esse diagnóstico.

Relação entre doenças crônicas e saúde do idoso

Atualmente, nos Estados Unidos, 88% das pessoas a partir de 65 anos têm pelo menos uma doença crônica. Como já falamos neste site, no Brasil a situação não é tão diferente, pois três em cada quatro idosos têm pelo menos uma doença crônica.

Esse fato é evidente. Basta você pensar nos conhecidos à sua volta e verificar quantos deles sofrem como colesterol alto, diabetes, hipertensão arterial, câncer e outras patologias como as que mencionamos no tópico anterior.

Porém, isso não significa que a terceira idade traz com ela essas patologias. Atualmente, existe um consenso de que o principal problema é o estilo de vida moderno, que nos faz utilizar com pouca frequência os remédios naturais e aumenta nossa exposição aos fatores causadores de doenças.

Por isso, nós praticamos e ensinamos a Medicina do Estilo de Vida há quase 40 anos. Embora o ideal seja começar a mudar os hábitos ainda durante a juventude, mesmo a mudança tardia pode trazer benefícios a saúde e garantir não só a longevidade, mas proporcionar bem-estar e disposição para viver as alegrias dessa etapa.

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