Você provavelmente já ouviu falar do vitiligo. Essa doença é caracterizada pela perda da coloração da pele. Apesar de não causar dor e nem ser contagiosa, ela afeta o convívio social e a autoestima das pessoas diagnosticadas.
Por isso, para aliviar o sofrimento dessas pessoas, é fundamental realizar dois tipos de ações diferentes: conscientizar quem não tem a doença de que não há motivo nenhum para o afastamento e apontar caminhos para o controle do problema.
A conscientização das outras pessoas é muito importante. Afinal, caso soubessem que a doença não é transmissível, provavelmente teriam uma reação mais acolhedora em relação à pessoa diagnosticada. Dessa forma, o estigma sobre a doença seria reduzido.
Por outro lado, é preciso entender as causas do vitiligo. Somente por meio disso é possível identificar os fatores que agravam a doença e eliminá-los, na medida do possível.
O que é vitiligo?
A principal característica desta doença são as lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele.
O tamanho das manchas é variável e elas se formam pela ausência de melanócitos, as células responsáveis pela formação da melanina, o pigmento que dá cor à pele.
As manchas aparecem em áreas específicas do corpo, principalmente nas mãos, pés, joelhos, cotovelos, região íntima e, em alguns casos, afetar outras partes do corpo como cabelo ou interior da boca.
Essa doença é considerada a de maior impacto emocional na dermatologia. O vitiligo pode acometer homens e mulheres igualmente, de todas as faixas etárias e etnias.
Estima-se que essa doença atinja de 0,1% a 2% da população mundial e, no Brasil, esse percentual corresponde a 0,54%.
Existem dois tipos principais de vitiligo:
Vitiligo segmentar
Também chamado de unilateral, nesse tipo da doença, apenas uma parte do corpo é acometida. Isso acontece ainda na juventude quando os pelos e cabelos perdem sua coloração.
Não segmentar
Também conhecido como vitiligo bilateral ou comum, ele é considerado o tipo mais frequente e se manifesta de uma maneira simétrica: nos dois lados do corpo. Nas duas mãos, pés, joelhos, entre outras partes do corpo.
Na maioria das vezes, as manchas se manifestam primeiro nas extremidades, ou seja, nas mãos, nos pés ou nariz. Elas também costumam se manifestar de maneira cíclica e ativa por tempo indeterminado.
Elas também têm períodos de estagnação, alternando com ciclos ativos da doença. As crises podem se apresentar durante toda a vida, aumentando as áreas afetadas.
Quais são as causas do vitiligo?
As causas desta doença ainda não estão completamente estabelecidas. Na verdade, existem três teorias a respeito do surgimento do problema. Saiba quais são elas.
Teoria autoimune
Existem evidências de que o desenvolvimento do vitiligo envolve fatores relacionados ao sistema imunológico. Nesse caso, as células de defesa do corpo atacam os próprios tecidos.
Alguns fatores autoimunes parecem estar ligados ao vitiligo, assim como alterações e traumas emocionais podem ser relacionados aos fatores que desencadeiam ou agravam a doença.
O estado mental do indivíduo influencia muito nesse caso. Evitar o estresse e a ansiedade é um desafio, mas garante um cuidado importante para o corpo.
Existem diferentes teorias que ligam a doença a outras influências, entre elas a genética. Entende-se que vários genes envolvidos podem influenciar desde a idade da manifestação da doença, a regulação dos anticorpos e a biossíntese da melanina, até a resposta ao estresse oxidativo.
Outras doenças autoimunes também são um sinal de alerta, como a tireoidite de Hashimoto, a artrite reumatoide ou a diabetes tipo 1.
Teoria neural
A teoria neural também aponta para algumas possibilidades quanto ao surgimento da doença. Segundo essa teoria, o vitiligo segmentar incide geralmente sobre a região de um nevo, ou uma pinta. Ele é provocado por substâncias que destroem as células que produzem a melanina.
Teoria citóxica
Finalmente, a teoria citóxica defende que a despigmentação da pele é causada por substâncias como a hidroquinona, presente em materiais como a borracha e também em alguns tecidos.
Quais são os sintomas do vitiligo e como é feito o diagnóstico?
O principal sintoma do vitiligo e que deve ser mais observado é o surgimento de manchas esbranquiçadas na pele nos locais mais expostos ao sol. A princípio, a mancha se apresenta pequena e única, mas pode aumentar em tamanho e quantidade caso o tratamento não seja realizado.
Alguns outros sinais que devem ser observados são cabelo ou barba com manchas brancas antes dos 35 anos, perda de cor no revestimento da boca ou perda de cor em alguns locais dos olhos.
Os sintomas são mais frequentes depois dos 20 anos, mas podem surgir em qualquer idade e tipo de pele, mesmo sendo mais frequente em pessoas com pele escura.
O diagnóstico é clínico, ou seja, feito por um médico que, ao examinar as lesões, pede alguns exames laboratoriais para determinar se o paciente é portador do vitiligo. O histórico familiar também deve ser observado, pois cerca de 30% dos pacientes têm algum familiar com a doença,
Outras doenças podem provocar manchas brancas na pele, como micoses ou a própria exposição ao sol. Por isso, apenas um médico pode fazer o diagnóstico correto.
Como evitar o crescimento das manchas e qual o tratamento?
Existem tratamentos que são orientados por médicos dermatologistas. Geralmente são longos e envolvem pomadas à base de corticoides, fototerapia (exposição ao sol) com uso de substâncias fotossensibilizantes e também loções próprias para as manchas.
As lesões raramente são curadas definitivamente, pois algumas áreas do corpo apresentam certa dificuldade para recuperar a pigmentação.
Quando as manchas já ocupam mais de 50% do corpo, a opção de tratamento pode ser a despigmentação total da pele.
Os tratamentos de pele devem ser sempre acompanhados de tratamentos psicológicos, pois o estado emocional do paciente influencia muito no aumento das manchas e piora da doença.
Nossos hábitos têm grande influência em nosso estado mental e também na saúde física do organismo, por isso, os tratamentos podem ser potencializados com os boa alimentação, prática de exercíciios e descanso.
A sensação de bem-estar reduz os impactos da doença e também garante um bom estilo de vida.
Para tratar o vitiligo, é importante cuidar da saúde como um todo. Que tal aprender mais sobre saúde mental e estilo de vida? É só clicar no banner abaixo! Preparamos mais informações importantes para você.