Você sabe o que são doenças crônico-degenerativas? Neste artigo, você vai descobrir quais são elas, por que acontecem e se existe tratamento.
O nome pode ser pouco conhecido, mas, na verdade, ele engloba uma série de doenças que você conhece muito bem. Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e demência senil são apenas alguns exemplos de doenças crônico-degenerativas.
Mas você sabe como essas doenças se formam no organismo? O que faz com que o corpo pare de funcionar da maneira esperada e pare de executar suas funções normalmente? É possível tratar esses problemas? São genéticos ou podemos evitá-los?
Isso é o que você vai descobrir neste artigo. Então, continue a leitura para saber mais sobre essas condições que podem afetar a qualquer um de nós em um futuro próximo.
O que são doenças crônico-degenerativas?
Doenças crônico-degenerativas são enfermidades que se caracterizam pela longa duração e progressão geralmente lenta, causando uma degeneração em tecidos e órgãos, levando ao comprometimento de funções.
Na maioria dos casos, a pessoa sofre com essas doenças pelo restante de sua vida, o que causa um grande impacto em seu bem-estar e prejudica sua autonomia.
Embora essas doenças se desenvolvam geralmente de forma gradual, levando a um declínio progressivo de funções de um determinado órgão ou sistema, elas podem apresentar algumas fases ou picos de agudização.
Um exemplo é a doença de Alzheimer. Como qualquer pessoa que tenha convivido com um paciente nesta condição sabe, o doente perde gradualmente funções cognitivas (memória, raciocínio, orientação espacial), comportamentais e motoras à medida que o quadro avança.
Quais são as características das doenças crônico-degenerativas?
As doenças crônico-degenerativas possuem algumas características em comum. Entre elas, podemos destacar:
Cronicidade
As doenças crônico-degenerativas se desenvolvem lentamente e têm longa duração. Além disso, na maioria das vezes, elas são progressivas, ou seja, pioram ao longo do tempo.
Na maioria das fontes, você encontrará informações de que essas doenças são incuráveis. No entanto, na Clínica & SPA Vida Natural, nós entendemos que a maioria delas surge como uma resposta do organismo aos hábitos que nos fazem mal.
Então, entendemos que essas doenças não podem ser consideradas incuráveis, embora haja exceções. Elas dependem de uma mudança no estilo de vida para que haja uma reversão. Se isso não ocorre, realmente a pessoa só consegue controlar os sintomas com remédios.
Sob a perspectiva da Medicina do Estilo de Vida, o problema não está em uma doença supostamente invencível, e sim nas nossas escolhas diárias.
Destacamos, mais uma vez, que esse conceito não se aplica a todas as doenças. Para algumas delas, realmente, a medicina ainda não encontrou uma solução. Porém, este não é o caso de enfermidades como diabetes e hipertensão arterial, entre outras que são reversíveis.
Degeneração
A degeneração é um processo que causa lesões em tecidos e órgãos, prejudicando sua função. Os resultados incluem a perda de células normais, substituição do tecido saudável por um fibroso ou acúmulo de substâncias prejudiciais nas células.
Multifatorialidade
As doenças degenerativas costumam ser causadas por uma combinação de fatores. Portanto, em alguns casos, elas estão relacionadas a uma predisposição genética, mas que precisa ser desencadeada por fatores ambientais e estilo de vida inadequado.
Muitas pessoas utilizam o termo doenças genéticas de forma completamente equivocada. Elas falam como se tivessem nascido condenadas a desenvolver diabetes, câncer e outros diagnósticos semelhantes.
Porém, isso não é verdade. A maioria dessas doenças tem, entre seus componentes, apenas uma predisposição genética. Doenças genéticas são completamente diferentes e este termo não deve justificar diagnósticos evitáveis.
Entre os fatores ambientais relacionados ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, podemos destacar alimentação inadequada, sedentarismo, exposição a toxinas, maus hábitos de sono e estresse.
Potencial de prevenção e modificação
Quando a pessoa elimina os fatores de risco associados às doenças crônico-degenerativas sob seu controle, existe uma chance muito grande de não desenvolver o quadro. Por isso, existem indivíduos totalmente saudáveis em famílias doentes.
Exercício físico e alimentação saudável, por exemplo, são suficientes para prevenir a maioria dos casos de diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas, Alzheimer, Parkinson, câncer, entre outras.
Não transmissibilidade
As doenças crônico-degenerativas não são contagiosas. Portanto, conviver com alguém que já recebeu esses diagnósticos não nos coloca em risco.
Prevalência crescente com a idade
De forma geral, essas doenças tendem a surgir entre pessoas com mais idade. Como já mostramos em outro artigo, atualmente, nos Estados Unidos, 88% dos americanos a partir dos 65 anos são diagnosticados com pelo menos uma doença crônica. Boa parte deles tem mais de uma doença,
Esses dados fortalecem a hipótese de que as doenças crônicas e degenerativas são nada mais do que o efeito cumulativo dos maus hábitos praticados ao longo de anos.
Porém, se não houver uma mudança drástica no comportamento da população, este quadro tende a mudar. Sedentarismo desde a infância, redução do sono mesmo entre as crianças e maus hábitos alimentares desde cedo estão dando origem a uma geração de jovens com doenças crônicas.
Complicações
As doenças crônico-degenerativas causam o mau funcionamento de células e órgãos. Portanto, ao longo do tempo, elas desencadeiam complicações mais graves como infarto, acidente vascular cerebral insuficiência renal etc.
Impacto na qualidade de vida
Diante de todas essas condições, você pode perceber claramente que uma doença crônico-degenerativa tem um grande impacto na qualidade de vida do indivíduo. Ela pode limitar sua capacidade de realizar as atividades diárias com autonomia, prejudicar a mobilidade, causar dores, sofrimento físico e psicológico.
Quais são as principais doenças crônico-degenerativas?
Apesar de ser mais fácil nos lembrarmos de doenças crônico-degenerativas que afetam as funções cognitivas, como Alzheimer, Parkinson e outras demências, existem diagnósticos relacionados a outros sistemas do corpo. Veja alguns exemplos:
- doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e a doença arterial coronariana;
- doenças metabólicas, como o diabetes tipo 2;
- doenças respiratórias crônicas, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica;
- várias formas de câncer caracterizadas pela evolução lenta e associadas a fatores de risco evitáveis;
- doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson;
- osteoporose, que corresponde à degeneração progressiva da massa óssea.
Vale a pena destacar que algumas dessas doenças são as maiores causadoras de mortes atualmente, tanto no Brasil como no mundo: a hipertensão arterial e a doença coronariana estão diretamente associadas aos infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Ambas têm impacto significativo na saúde global, sendo causas principais de morbidade e mortalidade em muitos países. Por isso, esforços de prevenção e tratamento são cruciais. Eles deveriam receber atenção do poder público, mas principalmente a nossa atenção individual.