A estrutura do esqueleto humano está em constante renovação. Ganhamos massa óssea até os 20 anos e perdemos com maior velocidade depois dos quarenta. Por isso, é tão comum ouvirmos falar do perigo da osteoporose na terceira idade.
Mas para entendermos esta doença, precisamos estar cientes de que, diferentemente do que muitos pensam, o osso não é uma estrutura morta, cheia de cálcio e parecido com uma pedra.
O que permite a dureza do osso é sua parte que é formada pela decomposição de complexos minerais e cálcio.
No meio do cálcio existe uma estrutura bem viva que, inclusive, tem um metabolismo próprio cheio de vasos sanguíneos e com muitas células. Uma prova disso é que a estrutura óssea está em constante renovação.
Você sabia que a cada 3 meses, 10% de todo osso do seu corpo é renovado? Isso acontece pela ação das células que retiram cálcio do osso, elas são chamadas de osteoclastos.
Enquanto isso, outras células, chamadas osteoblastos, depositam cálcio no osso. Esse cálcio é absorvido com auxílio da vitamina D.
O que é a osteoporose?
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição progressiva da densidade dos ossos. O nome já explica os sintomas. Os ossos ficam cheios de poros e, com isso, frágeis e quebradiços.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens acima dos 50 anos têm osteoporose em todo o mundo.
A degeneração óssea não acontece de uma vez. A primeira etapa é chamada de osteopenia e se inicia com o desequilíbrio entre células de absorção e de regeneração.
Quando os osteoclastos passam a agir mais rapidamente, os ossos são degradados com maior velocidade do que os osteoblastos são capazes de repor. Por isso, eles ficam porosos.
Quais são as causas e fatores de risco da osteoporose?
Mas quais são as principais causas dessa condição metabólica que diminui progressivamente a densidade óssea?
A principal causa da osteoporose é o envelhecimento. Assim como o passar dos anos envelhece a pele, trazendo as rugas com a diminuição do colágeno, os ossos perdem cálcio, os poros aumentam e acarretam um risco maior de fratura.
As mulheres estão mais sujeitas a osteoporose por conta das mudanças hormonais. Para elas, o desequilíbrio ósseo pode despontar a partir dos 35 anos.
Isso acontece porque a menopausa traz consigo muitas mudanças nos hormônios, interferindo diretamente na perda e ganho de massa óssea.
Durante a menopausa acontece uma queda grande na produção de estrogênio, um dos hormônios importantes para a fixação do cálcio no osso. Nesses casos, a doença é classificada como osteoporose pós-menopáusica.
Pessoas que se submeteram a tratamentos de câncer de mama ou de próstata, com terapias que incluíram o uso de inibidores de aromatase e deprivação hormonal com estrogênios correm um maior risco de desenvolverem a doença.
Outros fatores que podem influenciar o surgimento da doença são: diagnóstico de artrite reumatoide, o uso de corticoide, pouca exposição ao sol, o sedentarismo, baixo consumo de cálcio, além dos hábitos de fumar e consumir bebidas alcoólicas.
Como a osteoporose afeta a qualidade de vida na terceira idade?
Quantas vezes uma criança cai, não é mesmo? Na juventude, as quedas, até mesmo acompanhadas de fraturas, não costumam trazer uma grande preocupação. Com o idoso, as implicações de um tombo podem ser bem diferentes.
O passar dos anos vem acompanhado da perda de equilíbrio e massa muscular, os reflexos não são os mesmos e os tombos se tornam cada vez mais comuns. Porém, na velhice um simples tombo pode trazer duras consequências.
O Relatório Global da OMS sobre prevenção de quedas na velhice mostrou que aproximadamente 28% a 35% das pessoas com mais de 65 anos de idade sofrem quedas a cada ano. Essa proporção sobe de 32% a 42% para as pessoas com mais de 70 anos.
A fratura é a quinta principal causa de morte em indivíduos a partir dos 65 anos. Ela também é responsável por 70% das mortes acidentais quando pensamos em pessoas com mais de 75 anos.
Nessa faixa etária, as fraturas podem estar associadas ao desenvolvimento de complicações como pneumonia, infarto e embolia pulmonar. Esses problemas são ainda mais frequentes em idosos que sofreram fratura de quadril ou fêmur.
Como é feito o diagnóstico da osteoporose?
A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. Por isso, o primeiro sinal pode aparecer quando ela já está numa fase mais avançada.
Nesse ponto, o indivíduo pode sofrer uma fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco chegando a não suportar nenhum trauma ou mesmo um esforço pequeno.
As lesões mais comuns são as fraturas nas vértebras por compreensão. Elas levam a problemas na coluna, diminuição da estatura e a fraturas do colo do fêmur.
O diagnóstico da osteoporose pode ser feito por meio de um exame não invasivo chamado densitometria óssea por raio X. Com ele é possível medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur.
Os resultados são classificados em três faixas de densidade: normal, osteopenia e osteoporose.
Qual é o tratamento para osteoporose?
Alguns medicamentos são indicados quando a doença é diagnosticada. Entre as substâncias mais usadas está a classe dos bifosfonados muito utilizados na osteoporose pós-menopausa.
Os bisfosfonatos também são utilizados em tratamentos de osteoporose do sexo masculino, pois atuam no aumento da densidade óssea.
A complementação de cálcio, vitaminas e calcitonina (substância que aumenta a absorção do cálcio e do magnésio) também é muito importante, claro que sempre com a prescrição médica.
Porém, é sempre importante destacar que a melhor opção é prevenir a doença. Há estudos que mostram que o uso prolongado do bisfosfonado pode trazer um impacto negativo para a saúde dos pacientes.
Como prevenir a osteoporose?
A prevenção da osteoporose deve ser feita durante toda a vida com três práticas fundamentais: ingestão de cálcio, exposição ao sol para fixar a vitamina D no organismo e a prática de exercícios físicos.
Se ao pensar em ingerir cálcio você só pensou nos laticínios, que tal buscar alimentos vegetais que são riquíssimos nesse nutriente?
Alimentos como soja, feijão branco, folhas escuras, gergelim, chia, grão-de-bico, brócolis, quinoa e ervas secas como manjericão, tomilho e alecrim são ricos em cálcio, além de trazer muitos benefícios para a saúde, pois são ricas fontes de vitaminas.
Para evitar a osteoporose é importante investir em um envelhecimento ativo. Esse termo é definido pela Organização Mundial da Saúde como o processo de otimização em saúde, participação e segurança que incrementem a qualidade de vida.
A prática de exercícios físicos é altamente recomendada para todas as idades. Além de proteger contra a osteoporose, eles permitem ter uma boa saúde física e mental durante toda a vida.
Independentemente da sua idade, quanto antes você investir em boas práticas de saúde, mais estará protegido contra a osteoporose. E que tal já começar a investir em uma longevidade saudável? É só clicar no link abaixo. preparamos um e-book gratuito com muitas dicas para você.
Adoro a Clínica e os tratamentos que aí recebemos. Deus os abençoe!!!
Que alegria, Maria! Ficamos muito felizes! É sempre um prazer receber você!