Para quem já tentou perder peso de várias maneiras e ficou frustrado com os resultados, as fórmulas para emagrecer parecem uma solução mágica, que promete efeitos rápidos.
Muito se fala sobre os riscos desses medicamentos. Porém, nem sempre esses alertas são suficientes para evitar o uso. A busca pela melhor aparência a curto prazo se sobrepõe ao cuidado com a saúde a longo prazo. Por isso, é comum encontrar pessoas dispostas a se arriscarem.
Você sabia que, além dos riscos à saúde, muitas fórmulas prejudicam a tireoide? Isso se torna um prejuízo a manutenção de um peso saudável e o emagrecimento futuro. Portanto, é uma estratégia que sabota o próprio resultado, como você vai ver nos tópicos a seguir.
Ficou interessado? Então, continue a leitura para saber mais!
Qual é a composição das fórmulas para emagrecer?
O Conselho Federal de Medicina publicou em 1997 a Resolução CFM número 1477/97 que veda aos médicos a prescrição simultânea de drogas tipo anfetaminas.
Também são proibidos um ou mais dos seguintes fármacos: benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes, com finalidade de tratamento da obesidade ou emagrecimento.
As fórmulas são diferentes dos remédios para emagrecer. Elas podem ser melhor explicadas como coquetéis com várias substâncias, sem uma regulamentação que garante o cuidado com a interação entre elas e também com seus efeitos colaterais.
As fórmulas para emagrecer geralmente são formadas por combinações destes elementos:
Derivados de anfetamina
Os principais derivados de anfetamina são femproporex, dietilpropiona ou mazindol. A principal função dessas substâncias é inibir o apetite.
O efeito é rápido, muitas vezes bem potente, mas pode causar dependência. Os efeitos colaterais são inúmeros e entre eles destacamos a prisão de ventre, insônia e irritabilidade, alteração de humor, boca seca e mais raramente hipertensão arterial e taquicardia.
Diuréticos
As substâncias diuréticas atuam na eliminação de líquidos. Esse efeito é temporário e não tem nenhuma ação sobre a massa magra ou massa gorda.
A perda excessiva de fluidos do corpo leva a um estado de debilitação. No caso de idosos ou pessoas que possuem alguma doença crônica, o uso indevido de diuréticos pode causar a perda de substâncias importantes para o organismo, como o potássio.
Essa perda pode causar desde simples câimbras até arritmias cardíacas.
Laxantes
Os laxantes entram na composição para diminuir a prisão de ventre causada pelos inibidores de apetite.
Os efeitos do laxante não fazem bem para o corpo, podendo piorar o funcionamento intestinal, descamar a mucosa dos intestinos e causar distúrbios hidroeletrolíticos.
Tranquilizantes
Não é incomum as pessoas com sobrepeso ou obesa terem quadros de ansiedade. Aliás, muitos deles descontam essa ansiedade na comida. Por isso, tranquilizantes fazem parte da fórmula. Eles também atuam no combate aos efeitos derivados da anfetamina.
Os benzoadiazepínicos (diazepam, bromazepam, clobazam, clorazepam) e outros desta mesma linha são os mais usados por causa de sua potência.
Antidepressivo
A presença dos antidepressivos na fórmula geralmente tem a mesma função dos tranquilizantes. Apenas a fluoxetina tem efeito importante na diminuição do apetite, mas sua atuação é sentida depois de vários dias ou semanas de uso.
Produtos vegetais
Alguns vegetais mais comuns são a cáscara sagrada e a cavalinha. A eficácia deles no emagrecimento não foi comprovada cientificamente, mas costumam ser utilizados para aumentar o número de substâncias, “agregando valor” ao produto.
Substâncias termogênicas
Substâncias termogênicas são produtoras de calor e conhecidas por acelerar o metabolismo. A mais popular delas é a cafeína, presente em grande quantidade no café, mas também podemos citar a fenilpropanolamina, efedrina e aminofilina.
Apesar de parecerem ser uma boa medida para alcançar o emagrecimento, seus efeitos colaterais são perigosos. Entre eles podemos citar o risco sobre o sistema cardiovascular, com hipertensão arterial e taquicardia.
O sistema nervoso central também é afetado por essas substâncias, levando a alteração de humor e a diminuição de reflexos.
Ao invés de recorrer a essas substâncias, existem maneiras naturais e saudáveis de aumentar o metabolismo que também favorecem muito o emagrecimento. O uso das fórmulas é proibido pelos danos que podem causar aos pacientes, podendo levar até mesmo à morte.
Como as fórmulas para emagrecer afetam a tireoide?
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de 15% da população brasileira acima de 45 anos sofre de algum distúrbio da tireoide.
A utilização crescente e indiscriminada de fórmulas para emagrecer que contém o hormônio tireoidiano tem elevado a incidência de hipertireoidismo.
Esses hormônios tireoidianos geralmente aparecem em altas doses nas composições de fórmulas para o emagrecimento, pois costumam causar uma perda de peso significativa. O risco está no fato de que esse emagrecimento ocorre principalmente pela perda de músculos e não de gordura.
Os efeitos negativos não param por aí. Os distúrbios hormonais prejudicam muito o organismo. Os hormônios podem desencadear doenças crônicas da tireoide, além de produzirem efeitos no coração, levando a taquicardia, arritmias severas e hipertensão arterial.
Outros efeitos no organismo que podem aparecer são nervosismo, alteração de humor, aumento do trânsito intestinal, diarreias e sudorese.
Os hormônios produzidos pela tireoide, conhecidos como T3 e T4, têm um papel importante para o organismo. Quando ingeridos em excesso por pessoas saudáveis, todo corpo é afetado. O maior impacto acontece no coração, órgão mais sensível à ação hormonal.
Falando especificamente da tireoide, quando a pessoa usa fórmulas para emagrecer, ela sabota o próprio resultado. Isso acontece porque a tireoide é hiperestimulada a princípio. No entanto, a médio e longo prazo, ela reduz ou encerra sua atividade natural. Portanto, o motor que gastava a energia para de funcionar, facilitando o ganho de peso e dificultando extremamente o emagrecimento.
O que acontece depois do dano causado pelas fórmulas para emagrecimento?
Já falamos sobre os efeitos colaterais de cada substância presente nas fórmulas de emagrecimento.
O corpo todo é prejudicado pelo uso das fórmulas. Uma pesquisa realizada na Europa analisou o risco da sibutramina no organismo. Esse componente grandemente utilizado sem prescrição médica também faz parte das fórmulas e aumenta em 16% o risco de infarto e derrame.
A venda de remédios com essa substância foi proibida no continente europeu. No Brasil a substância recebeu restrições de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quais são os outros métodos utilizados para emagrecer?
O Brasil foi apontado como o país que mais consome remédios para emagrecer no mundo. Esse foi o resultado do relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas.
É importante ressaltar que remédios para emagrecer são diferentes das fórmulas, mas que também trazem efeitos colaterais para o corpo. Seu uso deve ser evitado e, quando realmente indispensável, acontecer apenas com prescrição e acompanhamento médico, e pelo mínimo de tempo possível.
Algumas medicações para emagrecer, por exemplo, podem causar dependência. Cerca de 87% dos usuários de anfetamina passam pela síndrome de abstinência.
A recomendação médica também é que sempre o uso de medicamentos para emagrecimento seja acompanhado de uma alimentação saudável e da prática de exercícios regulares.
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